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Sem marcar há quatro jogos, Botafogo finaliza muito, mas com poucas chances reais de gol

Na derrota para o Santos por 2 a 0, na Vila Belmiro, chamou a atenção a ineficácia do Botafogo em aproveitar as chances criadas para marcar. Mesmo com 23 finalizações, número enfatizado pelo técnico Luís Castro, o alvinegro não conseguiu acabar com o jejum de gols que já dura quatro jogos. Nas últimas sete partidas, o time balançou as redes apenas uma vez. A chance de mudar esse quadro é hoje, às 21h, quando recebe o Athletico, no Nilton Santos, duelo que pode marcar a reestreia de Luís Henrique, apresentado ontem.

— Eu tenho que dizer que, toda a construção das jogadas, a equipe conseguiu os objetivos. Não conseguiu na hora da finalização. O que já aconteceu com o Erison, com o Matheus… Não posso individualizar. Mas quero tirar a responsabilidade da minha equipe e colocá-la em mim — falou o técnico português.

De fato, não há como individualizar a culpa pela falta de gols. Embora os centroavantes não estejam aproveitando as chances, todo o time participa da estrutura ofensiva que, embora tenha melhorado na criatividade, ainda carece de capricho no último passe e nas finalizações.

Nas últimas três partidas, o Botafogo acumulou 63 finalizações. Dessas, 23 foram no gol adversário, 20 para fora e 20 foram bloqueadas. Segundo levantamento do GLOBO, apenas oito foram chances reais de gol, o que mostra que o volume é irrisório em relação ao número de vezes que o time levou perigo.

A maioria dessas chances (três) saíram dos pés de Lucas Fernandes e seus chutes de fora da área. Contra o Santos, o meia colocou uma bola na trave aos 12 minutos do primeiro tempo e obrigou João Paulo a fazer grande defesa após cobrança de falta aos 48 também da primeira etapa. Já diante do América-MG, o camisa 18 finalizou de longa distância, mas foi defendido.

Matheus Nascimento esteve envolvido em três oportunidades. Em duas, as finalizações foram dele, mas não pararam nas redes: de cabeça diante do Coelho e um lance cara a cara com o Peixe. Além disso, deixou Erison diante do goleiro, na Vila Belmiro, em passe de calcanhar, mas o Toro não conseguiu marcar.

Fecham as oportunidades, Tchê Tchê, em chute de fora da área que obrigou João Paulo a fazer boa defesa logo no início do jogo, e outra de Erison, em tentativa de encobrir Everson contra o Galo.

Por mais que os números evidenciem que o alvinegro precisa melhorar nas finalizações, a evolução na criação é nítida. O meio-campo, setor que vinha sendo o calcanhar de Aquiles do técnico Luís Castro, tem sido mais participativo. No entanto, com outros problemas, como a parte defensiva, o treinador ainda tem dores de cabeça para montar um time balanceado.

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