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Mulher é processada por aborto nos EUA após polícia obter mensagens privadas no Facebook

Jessica Burgess, que vive em Norfolk, Nebraska, nos Estados Unidos, foi acusada de dois crimes relacionados a aborto ilegal após autoridades descobrirem informações sobre um procedimento realizado pela filha dela, de 17 anos, em mensagens enviadas no aplicativo Facebook Messenger. Conforme a agência Bloomberg, os recados foram coletados em junho com a empresa Meta, dona do Facebook, usando um mandado de busca.

O mandado pedia dados desde 15 de abril, incluindo informações da conta, imagens, gravações de áudio e vídeo, mensagens privadas, entre outras informações. O documento não mencionava o aborto, mas uma série de outros supostos crimes, incluindo o enterro de um bebê natimorto.

A polícia acrescentou as acusações de aborto ilegal ao caso apenas algumas semanas depois, alegando que informações recebidas da rede social sugeriram que Jessica ajudou a filha a obter pílulas abortivas. A menor estava grávida de mais de 20 semanas, tornando ilegal a interrupção da gravidez no estado. A filha também está enfrentando acusações.

Em resposta ao caso, o porta-voz da Meta, Andy Stone, enfatizou que o pedido da polícia não citava a prática de aborto.

“Os mandados diziam respeito a acusações relacionadas a uma investigação criminal e documentos judiciais indicam que a polícia na época estava investigando o caso de um bebê natimorto que foi queimado e enterrado, não uma decisão de fazer um aborto”, escreveu no Twitter, acrescentando: “Ambos os mandados foram originalmente acompanhados de ordens de confidencialidade, o que nos impediu de compartilhar qualquer informação sobre eles. As ordens já foram revogadas.”

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