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Analistas da Receita Federal são presos por envolvimento em esquema de contrabando

Dois analistas tributários da Receita Federal foram presos na manhã desta quarta-feira (17) durante uma ação conjunta entre a Polícia Federal, Receita e Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e em outros quatro estados.  Os dois são acusados de participação em um esquema criminoso de contrabando internacional. Além das prisões, cerca de R$ 30 milhões em bens e valores foram confiscados.
De acordo com a Receita Federal, os presos são José Guina e Jorge de Jesus. Em coletiva de imprensa, realizada no fim da manhã desta quarta, o superintendente regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Ivo Roberto Costa da Silva, abordou a importância dos analistas tributários presos dentro da organização criminosa. Segundo ele, os dois agiam como ‘agentes facilitadores’ da liberação dos produtos que chegavam no Porto de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, por meio do esquema criminoso.
A Operação Ártemis foi realizada simultaneamente com a operação Efeito Cascata, deflagrada pela PF em São Paulo em razão da convergência dos investigados. Segundo o superintendente, as duas ações são interligadas pelo grupo de empresários que atuava para as duas organizações criminosas – uma especializada em contrabando e alvo da ação no Rio, e outra envolvida no tráfico internacional de drogas, que atua em São Paulo.

O superintendente explicou de que maneira a organização criminosa agia nos contrabandos. “A organização criminosa de São Paulo, envolvida com tráfico internacional de drogas, quando necessitavam enviar carregamento de cocaína pelo Porto de Itaguaí, contratava esse grupo de empresários, que era responsável por facilitar o método de ocupação da cocaína em contêineres, que é conhecido por ‘rip on, rip off’. Basicamente o que eles fazem é pegar o contêiner, sem conhecimento de quem está exportando e de quem está importando, do remetente e do destinatário, no meio do caminho esse contêiner é desviado, então a organização criminosa tem acesso, introduz o produto ilícito e quando chega ao seu destino final, a outra ponta da organização acessa o container, retira a carga ilícita e realiza a entrega ao destinatário final”, explicou.

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