Veja o Raio-X dos gols sofridos pelo Athletico e o caminho que pode ser explorado pelo Flamengo
Depois de um 0 a 0 no jogo de ida, no Maracanã, Athletico e Flamengo voltam a se enfrentar, às 21h30, na Arena da Baixada, na briga por uma vaga na semifinal da Copa do Brasil. Quem vencer avança para pegar São Paulo ou América-MG, que jogam amanhã. Novo empate leva a decisão da vaga aos pênaltis.
O desafio para o time de Dorival Júnior será furar a defesa titular do Athletico, que se mostrou sólida no Rio — no último domingo, poupando os principais jogadores, o Fla aplicou 5 a 0 no time paranaense pelo Brasileirão.
Dorival pode aproveitar lições daquela partida. Levantamento do EXTRA com todos os gols sofridos pelo Athletico desde a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari mostra que os cruzamentos na área que, em tese, pareciam ser um ponto forte defensivo dos paranaenses, podem originar problemas aos paranaenses.
Dos 26 gols sofridos pelo Furacão desde a chegada de Felipão, 15 deles foram originados de cruzamentos — sejam escanteios, bolas levantadas ou até mesmo laterais jogados diretos na área. O jogo aéreo é, de longe, a maior deficiência desta equipe, que coleciona gols sofridos pelo alto. Na goleada sofrida para o Flamengo no último domingo, quatro dos cinco gols saíram desta maneira.
O problema não é exclusividade de Felipão. Contando a temporada inteira, o Athletico levou 33 dos 58 gols dessa forma — é o clube da Série A que mais levou gols em cruzamentos.
Outro dado que chama a atenção é a quantidade de gols que o Athletico sofre nos 15 minutos iniciais de cada tempo. Foram seis neste período da primeira etapa e outros seis no mesmo período da segunda etapa — 12 no total, quase a metade de todos os gols sofridos sob o comando de Felipão.
O lado direito da grande área do Athletico é o espaço mais frágil. Dali nasceram 10 dos 26 gols sofridos pela equipe.