Em 41 áreas do estado do Rio, estelionato já é o crime mais registrado
Desde o início da série histórica dos índices de criminalidade divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), em 2003, os números totais de roubos e furtos foram os crimes mais registrados. O aumento recente nos casos de estelionato, porém, mudou a proporção entre os crimes. Em 41 das 137 Cisps — Circunscrições Integradas de Segurança Pública, dimensão territorial equivalente à área de atuação de uma delegacia distrital — do estado, o número de ocorrências de golpes já superam os de roubos e furtos.
Entre janeiro e julho deste ano, segundo dados do ISP, houve 72.457 registros de estelionato, um aumento de 107% em relação ao mesmo período de 2021. Nos primeiros sete meses de 2022, houve 61.474 ocorrências de roubo e 92.893 de furto. Nesses dois últimos casos, o índice engloba todos os tipos divulgados pelo ISP — a pedestre, de veículo, de celular etc.
A área onde os estelionatos superam mais fortemente os roubos e furtos é a da 151ª DP (Nova Friburgo), na Região Serrana do estado. Lá, foram 1.035 golpes registrados entre janeiro e julho deste ano, contra 505 furtos e 37 roubos. Em seguida, vêm a Cisp 135 (Itaocara), no Noroeste Fluminense: 92 casos de estelionato, 46 de furto e dois roubos.
Veja dez áreas do estado onde o estelionato é o crime mais registrado, em relação aos roubos e furtos:
- Cisp 151 (Nova Friburgo) – 1.035 ocorrências
- Cisp 135 (Itaocara) – 92 ocorrências
- Cisp 105 (Petrópolis) – 981 ocorrências
- Cisp 89 (Resende) – 765 ocorrências
- Cisp 158 (Bom Jardim) – 64 ocorrências
- Cisp 101 (Pinheiral) – 97 ocorrências
- Cisp 106 (Itaipava) – 390 ocorrências
- Cisp 123 (Macaé) – 1.229 ocorrências
- Cisp 110 (Teresópolis) – 760 ocorrências
- Cisp 100 (Porto Real) – 81 ocorrências