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Justin Bieber supera boatos de cancelamento e cumpre seu papel de astro branco do r&b

Todos temiam pela vulnerabilidade do garoto-que-virou-homem Justin Bieber, mas pouco depois das 23h lá estava ele para cumprir o compromisso com seu público no show de encerramento de domingo no Palco Mundo do Rock in Rio. Ele iniciou o show em clima dançante e oitentista com “Somebody”. A boa banda, toda de músicos negros, com baixo na orelha e bateria animada, segurou a sua onda e se mostrou bem eficiente na romântica “Holy”.

Ja em “Where are U now”, Justin voltou sem camisa, com suas mil tatuagens que exibiu como marcas de batalha ao dançar freneticamente. Aparentando algum cansaço mais à frente, ele iniciou com seu violonista um set acústico que teve o muito esperado hit “Love yourself” — com a voz nua e supostamente livre da acusação de fazer playback

Ao longo do show, Bieber cumpriu o seu papel de astro branco de r&b — assim como o outro Justin, o Timberlake — com incursões pelo trap e o baladismo, mas com o benefício de músicas muito conhecidas, como “Sorry”, com as quais logrou manter seu posto de astro teen idade adulta adentro. Aqui e ali suas inquietações espirituais vieram à tona, mas se diluíram no grande caldeirão pop do espetáculo.

“Lonely” abriu a caixa do pianismo confessional da noite, que ainda teve “2 much”. Mas logo em seguida, sorridente e transbordante de amor, cantava “Intentions”. Era tanto amor que ele ainda brindou os fãs mais antigos com uma renovada versão de seu primeiro grande hit, “Baby” — uma explosão de fofura que parecia indicar o fim da apresentação — mas não.

Ao piano, Justin lembrou a todos que ele ainda devia uma. E depois de uma alongada introdução instrumental e alguns murmúrios, lá veio ela: a saborosa “Peaches”, com a qual dominou as paradas mundiais em 2021. A hora da comunhão com o público que ameaçava debandar anunciava um doce final para uma noite em que se poderia esperar de tudo.

Mas não. Justin ainda tinha fôlego para a romântica e motivadora “Anyone”. Um fim justo para quem acreditou e esperou pelo seu ídolo.

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