Duas pessoas caem de paraquedas na Zona Sul do Rio
Duas pessoas caíram de paraquedas na tarde desta terça-feira, em Copacabana e Ipanema, na Zona Sul do Rio. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 15h25 para prestar socorro a uma das vítimas na Rua Souza Lima com Raul Pompeia, no primeiro bairro. Izaquiel Luiz, de 35 anos, foi socorrido para o Hospital municipal Miguel Couto. De acordo com os agentes que realizaram o atendimento de emergência, o estado de saúde dele é intermediário. A outra vítima teria caído próximo à Rua Antônio Parreiras, na altura do número 60, em Ipanema. Os bombeiros continuam no local para atendimento à ocorrência.
Em nota, a Polícia Militar informou que soldados do 19° BPM (Copacabana) foram acionados para checar a informação de que um paraquedista teria saído da rota do seu voo e caído em uma árvore, na Raul Pompeia, em Copacabana. De acordo com o comando da unidade, no local os militares encontraram um homem ferido caído ao solo. A área foi isolada pelos policiais que acionaram o Corpo de Bombeiros.
Moradores da região registraram momentos da queda de um dos paraquedistas em uma rua do bairro de Copacabana. Ele carregava uma bandeira do Exército.
— Eu vi os paraquedas já performando bem alto. No começo deu para ver que ia dar errado, porque o vento estava muito forte. Era perceptível que eles já tinham perdido o pouso, que provavelmente era a praia de Copacabana — disse um morador de Ipanema, que preferiu não se identificar. Ele é piloto comandante de linha aérea há 16 anos.
Nesta segunda-feira, o Alerta Rio emitiu um comunicado alertando para ventos moderados (até 51,9 km/h), com rajadas fortes (de 52 a 76 km/h) em alguns momentos do dia na cidade do Rio.
— É um erro muito primário. Provavelmente eles saltaram muito próxima da praia, acredito que o erro foi esse. Tinha que ter um planejamento melhor para chegar na areia e não depois dela. Eles pensaram que iam pousar em linha reta, não calcularam o vento, que já estava muito forte, tinha carneirinho no mar (que é aquela espuma nas ondulações) — relata, apontando ainda outros indícios de vento forte — No céu havia nuvem do tipo cirrus, característica de vento forte em grande altitude — disse o piloto.
Um dos paraquedistas caiu em um prédio em frente ao Hospital Federal de Ipanema. Antônio de Aquino, porteiro do prédio em que o militar sofreu o acidente, contou ao GLOBO que o paraquedista por pouco não caiu na ventilação dos prédios, o que poderia causar ferimentos maiores.
— Um morador me ligou dizendo que ouviu um estrondo vindo da cobertura. Quando cheguei e vi que ele tinha caído no telhado, só vi o paraquedas. Perguntei se ele estava bem e ele fez um sinal de positivo com as mãos, dizendo que já tinha acionado os bombeiros pelo rádio. O socorro logo chegou e ele contou para a médica que tinha dores nas pernas e no tronco — disse.
Na Rua Julio de Castilho, em Copabacana, uma equipe do consórcio SmartLuz ajudou os militares a retirarem o equipamento preso nas árvores. Um ônibus que passava pela rua foi parado por pedestres que passavam na região para ajudar no resgate do militar, que ficou pendurado nos galhos
— Usamos uma escada de um prédio para ajudar no resgate. Ele parecia estar bem — conta o porteiro Carlos de Oliveira.