Depois das ameças da torcida, Edimar ganha rede de apoio no Vasco e vê Jorginho e Nenê saírem em sua defesa
Foi uma semana intensa para Edimar. Das ameaças de morte a sua família e a ida para o banco de reservas do Vasco até o suporte recebido pelos companheiros e o nome gritado pela torcida na arquibancada. O lateral-esquerdo se viu no centro das atenções de uma forma que não gostaria. Mas descobriu uma rede de apoio que pode ter feito da vitória sobre o Náutico, sexta-feira, o ponto de partida para uma volta por cima.
Embora não tenha marcado nenhum dos quatro gols do cruz-maltino, Edimar foi um personagem à parte no jogo. Saído do banco, o lateral foi defendido pelo técnico Jorginho e pelo capitão Nenê quando vaias começaram a ser ouvidas da arquibancada em seus primeiros toques na bola. Os apelos surtiram efeito, e a hostilidade deu lugar ao apoio.
— Fiquei muito feliz pela resposta e agradeço ao Nenê. Ele é um ídolo. Agradeço a ele e à torcida pelo apoio. Foi fundamental para ajudar o Edimar a se levantar — comentou Jorginho: — Eu sei o que significa para o atleta. A sintonia precisa existir. Fico muito feliz por terem aplaudido o Edimar. Ele jogou forte, firme, deu carrinho, ganhou jogadas aéreas.
Como a perseguição da torcida passou dos limites, no início da semana o lateral prestou queixa na delegacia por ameaças de morte enviadas a sua mulher em redes sociais. Além das mensagens fortes, que se estendiam às filhas do casal, ela vinha recebendo fotos de armas. Durante a semana, Jorginho procurou orientá-lo:
— Ele foi muito forte. Eu falei: “Você precisa fazer isso (prestar queixa). São as pessoas que você mais ama e você tem que proteger. Mas te peço: não dê entrevistas”. Para que ele pudesse estar mais concentrado no que era importante depois disso, o jogo.