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Projétil que atingiu Wilson Moisés será analisado pela perícia

O ex-presidente da Vila Isabel, Wilson Vieira Alves, conhecido como Wilson Moisés, assassinado no domingo passado (25), foi atingido por um projétil de baixa energia, ou seja, a arma usada para o disparo foi provavelmente um revólver ou pistola. As informações constam no exame cadavérico feito por legistas do Instituto Médico Legal (IML). Ainda de acordo com o laudo, fragmentos de metal foram extraídos e serão encaminhados para a perícia.

A nova análise será realizada no serviço de arma de fogo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). O exame será realizado para tentar determinar o calibre usado pelos criminosos. A vítima foi atingida na nuca por um disparo feito a uma curta distância. O laudo do IML foi disponibilizado ao jornal ‘Extra’.

Wilson Moisés foi morto no domingo passado (25), na Barra da Tijuca, quando estava a caminho da quadra da Portela, em Madureira, com a mulher, Shayene Cesário, e a filha do casal, de apenas 9 anos. Segundo a viúva, o crime ocorreu após o marido parar em um posto de gasolina para abastecer o veículo e em seguida sair do automóvel para comprar um remédio. Ao voltar da farmácia, ele foi atingido pelas costas por um tiro.

Os suspeitos estavam em uma motocicleta – um ficou na direção, enquanto o outro, que usava roupa preta e capacete, desceu para realizar o disparo. Em seguida, os dois fugiram. Dentre as linhas de investigação, há a hipótese de que a morte esteja relacionada à máfia de caça-níqueis. Isso porque, em 2010, Moisés foi preso por corrupção, contrabando e formação de quadrilha enquanto ainda presidia a escola de samba, durante a Operação Alvará, da Polícia Federal, que combatia a exploração de máquinas caça-níqueis em Niterói e São Gonçalo. Em 2012, conseguiu um habeas corpus e foi solto. Na época, seu filho, Wilsinho Alves, assumiu a presidência da Vila Isabel.

Um cartaz divulgado pelo Portal dos Procurados, nesta terça-feira (27), pede informações que ajudem a identificar os responsáveis pela morte do ex-presidente da Escola de Samba Vila Isabel.

Ameaças

Durante o sepultamento que ocorreu nesta terça-feira (27), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio,a viúva Shayene Cesário, muito emocionada, descreveu como um ato covarde a morte de Moisés e ainda relatou que ela e a filha sofreram ameaças nos últimos dias.

“Meu marido era um cara muito tranquilo, ele não andava nem com segurança, ele foi pego na covardia, com um tiro nas costas e eu não tive nem como socorrer. Fiquei desesperada pela minha vida, da minha filha e por ele. Minha filha tem nove anos e ela recebeu uma mensagem muito pesada dizendo que iam tirar a vida dela e a minha, ela ficou muito assustada. A gente teme a violência, ainda mais depois desse baque”, disse .

Procurada, a Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Diligências estão sendo realizadas para identificar os autores e esclarecer o caso.

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