SAÚDE

Terapias alternativas ajudam a controlar a pressão alta

Quase um terço da população adulta brasileira (30%) tem algum grau de hipertensão, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Nos Estados Unidos, referência para pesquisas em saúde, o índice chega à metade dos habitantes. Nos dois casos e em todo mundo, muita gente nem desconfia que sofre com esta condição.

Considerada uma doença silenciosa (em que a pessoa pode não notar sintomas), a hipertensão leva a complicações graves de saúde, elevando o risco de doenças cardíacas, derrame e até morte.

A pressão arterial é a força que o sangue exerce contra as paredes dos vasos sanguíneos, e com o tempo, vai minando a resistência dessas estruturas. É caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio), popularmente conhecida como 14 por 9.

A hipertensão é um fator de risco primário para doenças cardiovasculares, incluindo acidente vascular cerebral, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, aneurisma e doença renal crônica. Gerenciar a pressão arterial é vital para preservar a saúde e reduzir essas condições perigosas.

Os médicos que cuidam de pacientes hipertensos sugerem diversas ações para combater a doença, minimizar seus sintomas e, para quem ainda não sofre com ela, ter a chance de prevenir-se.

Segundo eles, o ideal é perder quilos extras e observar a circunferência da cintura; exercitar-se regularmente; ter dieta saudável, com redução do sal (sódio); limitar a ingestão de álcool; parar de fumar; dormir bem à noite; reduzir o estresse; monitorar a pressão arterial e fazer exames regulares.

Outras condições que podem levar à hipertensão incluem diabetes, devido a problemas renais e danos nos nervos; feocromocitoma (câncer raro de uma glândula adrenal); síndrome de Cushing (doença provocada pela alta concentração no corpo do hormônio cortisol); hiperplasia adrenal congênita (distúrbio das glândulas adrenais secretoras de cortisol); hipertireoidismo, ou uma glândula tireoide hiperativa; hiperparatireoidismo (afeta os níveis de cálcio e fósforo); gravidez, apneia do sono e obesidade.

Benefícios das massagens

Está comprovado que as massagens podem ajudar a proteger as pessoas contra a pressão alta. Estudos sugerem que passar por uma sessão pode acalmar a parte do sistema nervoso responsável por respostas involuntárias a situações perigosas ou estressantes.

Há evidências de que adicionar massagem à rotina de controle do estresse ajuda o praticante a manter sua pressão arterial sob controle. Alguns pesquisadores demonstraram que receber uma massagem sueca, por exemplo, ajudou a diminuir a pressão arterial de uma pessoa.

Um estudo de 2013, com mulheres com pressão alta, levou metade desse público a passar por sessões de massagem sueca por uma hora por semana durante quatro semanas. A outra parte do grupo apenas descansou durante este mesmo período. Os resultados não mostraram uma grande diferença entre os dois grupos, pois ambos tiveram leituras de pressão arterial mais baixas.

Por outro lado, um estudo de 2014 descobriu que fazer uma massagem sueca de dez minutos, nas costas, e descansar por seis semanas, ajudou a diminuir a pressão arterial em um pequeno grupo de pessoas com hipertensão primária.

Já em 2016, um estudo com mulheres saudáveis ​​com ansiedade descobriu que fazer duas sessões de massagem sueca durante quatro semanas estava associado à melhora dos sinais vitais, incluindo pressão arterial e frequência cardíaca.

Outras formas de massagem também podem ser úteis, como aquelas que visam áreas específicas do corpo, como as costas e os pés. Alguns estudos sugeriram que os efeitos positivos da massagem na pressão arterial também podem ser observados em pessoas com condições cardiovasculares, como insuficiência cardíaca congestiva.

A prática de cura holística da aromaterapia – que usa diferentes aromas dos óleos essenciais – pode ajudar a baixar a pressão arterial. Associada ao uso de óleos essenciais, a técnica ajudou a diminuir a pressão arterial em pessoas com pressão alta e em risco (pré-hipertensão).

Após apenas 20 minutos de massagem, o corpo começa a liberar as endorfinas que relaxam os vasos sanguíneos, reduzem a intensidade do bombeamento do coração e impedem que as glândulas suprarrenais produzam mais cortisol. O fluxo sanguíneo é temporariamente aumentado, transportando oxigênio e células sanguíneas ricas em nutrientes para ajudar na cura do corpo. A massagem reduz o desgaste do corpo e da mente.

Da mesma forma, o exercício, quando realizado regularmente, o corpo pode ser condicionado a circular o sangue com mais eficiência, relaxar as paredes dos vasos sanguíneos e criar uma melhor sensação de bem-estar emocional.

Cuidados

Algumas formas de massagem, como a esportiva ou liberação de “pontos-gatilho”, podem realmente aumentar a pressão arterial. Por isso, o cliente deve informar o terapeuta caso tenha pressão alta, pois as contraindicações incluem coágulos sanguíneos ou sangramento interno.

A reflexologia é outra prática complementar de saúde que envolve a aplicação de pressão em diferentes partes do corpo, e também demonstrou possivelmente aumentar a pressão arterial.

Esses tipos de massagem tendem a causar mais desconforto do que os métodos mais suaves. Se as pessoas sentirem dor durante essas sessões, isto evidencia a possível elevação da pressão arterial.

Portanto, a massagem correta para as pessoas com hipertensão, quando combinada com um plano geral (dieta, exercício e, em alguns casos, medicação) pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas e derrames, assim como a evitar cãibras musculares, preservando a função dos órgãos e mantendo a pele saudável. Com tantos benefícios, faz sentido que as pessoas incluam a massagem como parte do plano geral de saúde

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