POLÍTICA

Sem discursar, Bolsonaro faz primeira aparição pública após período de reclusão no Alvorada

Após três semanas recluso no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a aparecer publicamente neste sábado, em cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende, na região Sul do Rio. Acompanhado de seu vice, Hamilton Mourão (Republicanos), Bolsonaro permaneceu toda a cerimônia em silêncio, sem discursar.

O presidente não tinha compromissos públicos desde que perdeu as eleições, no segundo turno, para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 30 de outubro. Nesse período, ele esteve apenas duas vezes no Palácio do Planalto: em 3 de novembro, quando cumprimentou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), e na última quarta-feira. Desde então, Bolsonaro havia feito apenas um pronunciamento público, e não compareceu nem mesmo às suas tradicionais lives às quintas-feiras.

Na cerimônia militar, Bolsonaro foi aplaudido e ouviu gritos de “mito” de familiares dos cadetes — foram 395 que receberam a espada, concluindo sua formação na AMAN. Mesmo com os gritos, no entanto, o presidente não esboçou reações, e não cumprimentou os presentes.

Ele se limitou a cumprir com a formalidade do ato: entrou com autoridades militares, entregou honraria ao cadete com melhor performance durante sua formação e deixou a cerimônia.

Ao seu lado, estiveram, além de Mourão, ministros como o da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o chefe da Segurança Institucional, Augusto Heleno, ministros do Supremo Tribunal Militar e deputados aliados, como Hélio Lopes (PL-RJ) e Major Vitor Hugo (PL-RJ), assim como o Comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, que fez um breve discurso e agradeceu a presença de Bolsonaro na cerimônia.

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