Revista atualiza ranking dos melhores filmes da História após 10 anos: saiba qual passou de 35º para 1º
A tradicional revista britânica Sight and Sound divulgou nesta quinta-feira sua lista de melhores filmes de todos os tempos. A cada dez anos a publicação pede a profissionais e estudiosos do cinema de todo o mundo que listem as suas obras favoritas da história da arte. A obra de Chantal Akerman, “Jeanne Dielman”, foi do 35° lugar para o primeiro.
Veja abaixo os filmes que entraram na lista desta década:
- “Jeanne Dielman”, de Chantal Akerman (1975)
- “Um corpo que cai”, de Alfred Hitchcock (1958)
- “Cidadão Kane”, de Orson Welles (1941)
- “Era uma vez em Tóquio”, de Yasujiro Ozu (1953)
- “Amor à flor da pele”, de Wong Kar-Wai (2000)
- “2001, uma odisséia no espaço”, de Stanley Kubrick (1968)
- “Bom trabalho”, de Claire Denis (1998)
- “Mulholland Drive”, de David Lynch (2001)
- “Um homem com uma câmera”, de Dziga Vertov (1929)
- “Cantando na chuva”, de Stanley Donen (1952)
A lista deste ano apresentou algumas novidades em relação a última, com a adição de filmes feitos após o início dos anos 2000, como “Amor à flor da pele” e “Mulholland Drive”.
Em 2012, os dez melhores filmes foram, por ordem: “Um corpo que cai” (1958); “Cidadão Kane” (1941); “Era uma vez em Tóquio” (1953); “A regra do jogo” (1939); “Sunrise” (1927); “2001 – Uma odisséia no Espaço” (1968); “Rastros do ódio” (1968); “Um homem com uma câmera” (1929); “A Paixão de Joana d’Arc” (1928); “8½” (1963).
Além de obras mais recentes, filmes dirigidos por mulheres e cineastas negros também se tornaram mais presentes na lista deste ano. Em 2012, apenas “Touki Bouki”, do senegalês Djibril Diop Mambéty, constava entre os 100 melhores filmes. Este ano são sete diretores negros, entre eles Spike Lee, com “Faça a coisa Certa”; Charles Burnett, com “Killer of sheep” e Julie Dash, com “Daughters of the dust”.
Neste ano, mais de 1.600 profissionais ligados a área do cinema indicaram quais filmes consideravam os melhores. É quase o dobro dos participantes da enquete de 2012, segundo a revista. Para Mike Williams, editor da Sight and Sound, é essa mudança que em parte explica a diversidade maior vista na edição deste ano.
— O streaming e a comunicação digital criaram oportunidades para amplificar vozes e filmes antes menos vistos. Acho que nossa lista está se tornando mais reflexiva do mundo mais amplo do cinema, diversão, crítica e conversa. — disse Williams ao jornal americano The New York Times.