Condenado por estupro na Itália, Robinho cogita voltar a jogar e dois clubes demonstraram interesse, diz jornal
O ex-atacante Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália, considera retornar aos gramados, aos 38 anos. Segundo o Uol, o brasileiro foi procurado por dois clubes brasileiros nas últimas semanas: Portuguesa Santista, que disputa a série A3 do Paulistão, e Brasiliense, que joga a Série D do Campeonato Brasileiro.
— A gente tentou, a gente conversou sobre a possibilidade (de contratá-lo). Ele tem esse problema e tivemos uma conversa superficial. Não foi proposta oficial, ele não deu resposta oficial, mas a gente cogitou. Ele é um baita jogador. Quem não gostaria? Mas há esse problema, nós seguimos nossa vida e ele a dele. Esperamos que ele resolva a vida dele na parte jurídica. O que houve foi uma conversa. A Portuguesa Santista ter o Robinho seria muito legal, mas ficou apenas no campo da conversa — disse Emerson Coelho, vice-presidente e diretor de futebol da Portuguesa Santista ao Uol.
A última partida de Robinho como jogador profissional em 19 de julho de 2020, quando atuava pelo Istanbul Basaksehir, da Turquia. O jogador ainda não decidiu se deseja mesmo voltar aos campos, mas pessoas próximas dele afirmam, segundo o site, que ele fala constantemente sobre a vontade de competir novamente no futebol brasileiro: ele mantém a forma em um campo do Guarujá e também em algumas atividades na própria Portuguesa Santista.
Revelado pelo Santos, o Robinho já atuou no Real Madrid, Manchester City, Milan, Guangzhou Evergrande, Atlético-MG, Sivassopor e Istanbul Basaksehir. O jogador ainda acertou seu retorno ao clube paulista em 2020, mas depois da pressão de conselheiros e patrocinadores, o contrato foi suspenso.
Pela seleção brasileira, disputou as Copas do Mundo de 2006 e 2010 e conquistou duas Copas das Confederações (2005 e 2009), uma Copa América (2007) e um Superclássico das Américas (2014).
Entenda o caso da condenação
Robinho foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual, junto de seu amigo Ricardo Falco. O crime aconteceu em uma boate em Milão, na Itália, em 2013 e ambos foram condenados, em última instância, a nove anos de prisão. O julgamento ocorreu no dia 19 de janeiro do ano passado, na Corte de Cassação de Roma, que no ordenamento jurídico italiano é equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil, Robinho e seus advogados apresentaram na época o último recurso, que foi negado pela corte italiana.
De acordo com a acusação, Robinho e cinco amigos estavam na mesma boate que a vítima e ofereceram bebida a ela, até que ficou inconsciente e sem poder reagir. Uma reconstituição feita pelo Ministério Público mostrou que o grupo levou a mulher para um camarim da casa noturna e, se aproveitando de seu estado, praticou “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.
Um telefonema grampeado mostrou Robinho dizendo ao amigo Jairo Chagas, que o alertara sobre a investigação: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.
“Os caras estão na m*. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros f* ela, eles vão ter problema, não eu. Eram cinco em cima dela”, afirmou na ocasião. Mas, após Chagas dizer que havia visto o ex-atacante “colocar o pênis dentro da boca” da mulher, ele respondeu: “Isso não significa transar”.