Faturamento do mercado editorial brasileiro cresceu 8,33% em 2022; preço do livro subiu 5,19%
O faturamento do mercado editorial brasileiro aumentou 8,33% em 2022. No entanto, descontada a inflação, o índice cai para 2,54%. A venda de livros, por sua vez, aumentou 2,98%. No ano passado, foram vendidos 58,61 milhões de livros no país — 1,7 milhão a mais do que em 2021. Os dados são do Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa realizada pela Nielsen Bookscan e divulgada, nesta segunda-feira (23), pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
O preço médio do livro subiu 5,19% em 2022. Passou de R$ 41,28 para R$ 43,42. O aumento do preço compensou o crescimento tímido das vendas. Ismael Borges, da Nielsen, destaca que, “pela primeira vez em anos”, o preço médio do livro acompanhou de perto da inflação. Em nota, ele ressaltou que 2022 foi “o primeiro ano regular após a crise pandêmica”.
Também em nota, Dante Cid, presidente do SNEL, afirmou que “2022 iniciou forte, ainda no impulso das boas vendas de 2021”, com destaque para a ficção e para os livros didáticos. “Ao longo do ano, entretanto, a escalada da inflação passou a comprometer o poder de compra das famílias e os custos da indústria, levando a uma desaceleração das vendas”, disse. “Felizmente, o último período nos trouxe uma agradável surpresa, levando a um fechamento de ano com crescimento real e superando assim mercados maduros como França, Alemanha e Estados Unidos, que fecharam um pouco abaixo de 2021”.
Ainda segundo o Painel do Varejo de Livros no Brasil, o setor faturou R$ 270,69 milhões no décimo terceiro período de 2022 (6 de dezembro e 2 de janeiro) — 15,18% a mais do que no mesmo período de 2011. A vendas cresceram 6,16%. No entanto, a bibliodiversidade (número de títulos diferentes) e o desconto médio caíram 0,9% e 1,13%. No último período do ano, o preço médio subiu 8,5%.