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CGU investiga se é verídico registro de que Bolsonaro tomou vacina Janssen contra Covid

O ministro da controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, disse nesta sexta-feira que há um registro de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha tomado uma dose da vacina Janssen contra covid-19 no dia 19 de julho de 2021. A CGU investiga, porém, a possibilidade de a informação ser falsa. Havia uma expectativa de que a órgão retiraria o sigilo imposto pelo governo anterior sobre o documento até o fim desta semana. A CGU, no entanto, decidiu esperar a conclusão do procedimento.

– Esse registro existe. Pelo menos pelo que a gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como negar – disse em entrevista à CNN, em que lamentou a divulgação da informação antes do fim da investigação.

– Infelizmente esse ofício veio a público. Como eu disse, essa é uma investigação sigilosa, mas se a CGU enviou um ofício respondendo a essa pergunta, é porque é uma dúvida obviamente pertinente em relação a uma informação que consta provavelmente ali – completou.

Conforme o GLOBO publicou ontem, a investigação em questão foi aberta durante a gestão do ex-ministro da CGU Wagner Rosário, próximo ao fim do antigo governo. Em janeiro deste ano, um grupo de hackers divulgou um cartão de vacinação que supostamente seria de Bolsonaro. Nele constava o registro de uma dose da vacina contra a Covid-19, que teria sido aplicada em uma unidade de saúde em São Paulo, com data de 19 de julho de 2021.

O GLOBO apurou que as informações são apontadas como falsas pela administração anterior, tendo em vista que nesse dia Bolsonaro se encontrava em Brasília. Ainda segundo relatos feitos à reportagem, foi constatado a ocorrência de outras tentativas de inserção de dados no cartão. A investigação apura se isso ocorreu por ação de um hacker ou de um servidor público, e ainda não foi concluída. A base de dados do cartão de vacinação é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Ao longo de sua gestão, Bolsonaro se recusou a informar se tomou a vacina contra a Covid-19. Questionado por meio de Lei de Acesso à Informação, o governo impôs um sigilo de até cem anos aos dados sob a justificativa que isso se referia à vida privada do então presidente

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