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Terremoto na Turquia e Síria matou mais de 40 mil pessoas; resgate começa a ser suspenso

A Turquia decidiu neste domingo suspender as operações de buscas e salvamento, 14 dias após o forte terremoto que deixou mais de 40 mil mortos, exceto nas províncias mais afetadas de Kahramanmaras e Hatay, anunciou a agência governamental de socorro (Afad).

– Em muitas províncias, os esforços de busca terminaram. Vão continuar nas províncias de Kahramanmaras e Hatay, em cerca de 40 edifícios – disse Yunus Sezer, chefe da Afad.

Segundo um balanço deste domingo, o sismo que abalou o sul da Turquia e o norte da Síria fez 40.689 mortos na Turquia, enquanto o número de vítimas na Síria ronda os quatro mil. O chefe da agência governamental de socorro indicou ainda que 105 mil edifícios desabaram ou foram severamente danificados e serão demolidos.

A Turquia teve 4,7 mil tremores secundários desde o terremoto principal que atingiu o país na madrugada do dia 6 de fevereiro. Desde o abalo sísmico de magnitude 7,8, a Agência de Monitoramento de Desastres e Emergência turca informou que um novo sismo é registrado a cada quatro minutos. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira, pelo diretor-geral de Terremotos e Redução de riscos, Orhan Tatar, em entrevista à empresa estatal de jornalismo, Anadolu.

— A maioria desses tremores secundários são palpáveis — disse Tatar, acrescentando que cerca de 40 deles superavam a magnitude 4. Ele também alertou que tremores de magnitude 5 podem ocorrer nos próximos dias.

‘Pior do século’

 

O terremoto devastador na Turquia e na Síria foi “o pior desastre natural na Europa em um século”, disse um porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS). Mais de sete milhões de crianças foram afetadas, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

— Na Turquia, o número total de crianças que vivem nas dez províncias atingidas pelo terremoto é de 4,6 milhões. Na Síria, há 2,5 milhões de crianças afetadas — disse James Elder, porta-voz do Unicef, em uma entrevista coletiva em Genebra. — O Unicef teme que milhares de crianças tenham falecido — afirmou Elder, antes de alertar que, “mesmo sem confirmações, está claro que os números continuarão aumentando”.

De acordo com o Unicef, dezenas de milhares de famílias que vivem ao relento desde o terremoto estão expostas ao frio.

— Todos os dias somos informados sobre um número cada vez maior de crianças que sofrem hipotermia e infecções respiratórias — disse Elder, antes de recordar que as famílias dormem com seus filhos nas ruas, em shoppings, escolas, mesquitas, rodoviárias e debaixo de pontes.

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