Veja 11 destaques da segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio na Sapucaí
A segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Rio coloriu a Marquês de Sapucaí logo de cara, com o desfile do Paraíso do Tuiuti, que falou sobre as origens e lendas dos búfalos da Ilha de Marajó. Encarregada de encerrar a programação, a Unidos do Viradouro defendeu o enredo sobre Rosa Maria Egipcíaca.
Confira os destaques da madrugada:
1) Estreante no posto de Rainha de Bateria da escola, Mayara Lima, que em 2022 desfilou como princesa e enfrentou problemas com sua fantasia que caiu em frente aos jurados, foi aclamada pelo público, especialmente no setor 1. Ela desfilou fantasiada de deusa marajoara.
2) A Portela entrou na Avenida festejando seu centenário. Para abrir a apresentação, um show de drones ganhou o céu, com luzes formando a águia-símbolo da escola, além de seu nome. Pena que o desfile apresentou inúmeros problemas depois.
3) Apesar dos inúmeros incidentes durante a passagem da Azul e Branco de Madureira pela Avenida, Vilma Nascimento reviveu os tempos gloriosos de Cisne da Passarela, caracterizada como porta-bandeira, dançando com Jeronymo, figura icônica da azul e branco. Momento lindo!
4) O retorno de Paulo Barros a Vila Isabel foi impactante. A viagem aleatória pelas festas do mundo teve alegorias e fantasias bem realizadas e um astral ótimo. De Baco e Dionísio ao Boi de Parintins, a escola divertiu a plateia. A porta-bandeira Cris Caldas trocou de roupa na Avenida sem que isso interferisse na dança do casal.
5) Duas atrações do desfile da escola de Noel ficaram entre os grandes acontecimentos da segunda noite na Marquês de Sapucaí. A comissão de frente trazia os componentes levitando. E o carro com o cavalo de São Jorge contagiou a plateia nas arquibancadas e teve efeito bem-sucedido para quem via pela TV.
6) Com enredo lúdico sobre Lampião, a Imperatriz fez um dos desfiles mais divertidos do Carnaval 2023, sob o comando do carnavalesco Leandro Vieira. As baianas, por exemplo, vestiram óculos iguais aos do cangaceiro e carregaram armas cenográficas. Para alguns especialistas, a agremiação de Ramos também levou para a Sapucaí o melhor samba do ano.
7) Uma presença ilustre coroou o desfile da Verde e Branco. Expedita Ferreira Nunes, única filha de Lampião e Maria Bonita, de 90 anos, foi destaque em uma das alegorias.
8) O discurso político deu o tom ao desfile da Beija-Flor. Uma ala lembrava o voto de cabresto. Em outra, componentes levavam faixas que pediam a demarcação de terras indígenas e o marco regulatório. Havia ainda uma ala que lembrava a campanha encabeçada pelo sociólogo Betinho “contra a fome, a miséria e pela vida”, além de outra com pedidos de respeito à diversidade.
9) Ludmilla fez sua estreia ao lado de Neguinho da Beija-Flor como puxadora da escola de Nilópolis e mostrou toda a potência de sua voz. A cantora, hoje mais conhecida por cantar funk e pop, iniciou sua carreira cantando samba e ocupa um espaço importante no universo carnavalesco, ainda dominado por homens.
10) A jovem Lorena Raíssa, de apenas 16 anos , foi escolhida através de concurso na própria comunidade para vir à frente dos ritmistas da escola de Nilópolis como rainha de bateria. Ela substituiu Raíssa, que havia ficado no posto por 20 anos.
11) Squel Jorgea, que por anos brilhou defendendo o pavilhão da Mangueira como porta-bandeira, neste carnaval veio mostrando todo seu samba no pé e sua garra em uma das alas da escola de Niterói, que representava o legado de Rosa Maria Egipcíaca, enredo da agremiação.