Audiência Pública apresenta projeto do Arco Duque que será construído no Segundo Distrito

A obra irá desobstruir o intenso tráfego, sobretudo, na rodovia Washington Luiz

No dia 23/02, a Câmara de Duque de Caxias sediou uma audiência pública da Secretaria Municipal de Obras em parceria com Secretaria de Estado de Infraestrutura e Cidades para apresentar à população o projeto do Arco Duque que será construído no Segundo Distrito. Intermediada pelo vereador Nivan Almeida (S/partido), a audiência contou com representantes de associações, sindicatos, servidores públicos e da sociedade civil.

A mesa foi composta pelo prefeito de Duque de Caxias, Wilson Miguel; o presidente da Câmara, Celso do Alba (MDB); o secretário de Obras, Valber Rodrigues Januário; o subsecretário de Projetos e Engenharia, Bruno Vale, que representou a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Cidades; o vereador e líder de governo na Câmara, Valdecy Nunes (Patriota), os vereadores Catiti (Avante) e Alex Freitas (SD), e pelo secretário de Urbanismo, Leandro Guimarães.

O presidente da Casa, Celso do Alba ressaltou a importância da participação popular nos trabalhos do Legislativo e da continuação dos trabalhos iniciados na gestão de Washington Reis pelo prefeito Wilson Miguel. “Estamos empenhados e felizes com essas transformações. Temos tirado do papel grandes obras. O nosso legado é de transformação, é da verdade e do cuidado com o povo”, disse ele.

Em seguida, o prefeito Wilson Miguel fez a sua manifestação. “Tudo o que pensamos e fazemos visa melhorar as condições da população. Esperamos que o que for tratado aqui sirva, até mesmo como alívio, por saber que coisas novas estão chegando. Estamos trabalhando muito a mobilidade”.

A obra

A apresentação do projeto do Arco Duque, no Segundo Distrito, ficou a cargo do subsecretário de Projetos e Engenharia, Bruno Vale. “A justificativa da obra é desobstruir o intenso tráfego no município, sobretudo na rodovia e, assim proporcionar alternativa de acesso entre os bairros do Segundo Distrito”, explicou ele. O prazo estimado para a conclusão do contrato é de dez meses e o custo total estimado é de R$102.693.185,51.

“Serão cerca de 26 km de um complexo de vias para o trânsito de veículos leves e pesados”, alertou o subsecretário de Projetos e Engenharia, Bruno Vale, que informou ainda sobre a necessidade da construção de quatro pontes devido aos canais existentes e um viaduto sobre a linha férrea.

Dando continuidade à apresentação, o secretário de Obras, Valber Rodrigues Januário, falou do impacto da obra em relação aos bairros do Segundo Distrito. “O objetivo é escoar todo o trânsito da região. A gente tem próximo ao anel viário do Arco Metropolitano, o Hospital Adão Pereira Nunes, que acaba tendo bastante dificuldade com as ambulâncias e a questão do socorro”, enfatizou Valber.

O secretário de Obras citou também outras duas obras que irão interligar com o Arco Duque: o sistema viário da Vila Maria Helena, Nova Campinas, Parada Morabi e Saracuruna; e a interligação de Duque de Caxias a Magé, saindo na região de Mauá.

Já o secretário de Urbanismo, Leandro Guimarães, destacou os avanços que o município teve nos últimos anos. “As obras citadas aqui vão fazer não apenas que Duque de Caxias e Magé se interliguem e sim que toda área da Reduc com a região de Mauá e Magé tenha, realmente, uma mobilidade. Essa obra será também uma via de escoamento com mais segurança para os moradores e as empresas”.

Nascido no Segundo Distrito, o vereador e líder de governo, Valdecy Nunes, foi categórico ao dizer que o município vem conquistando grandes avanços nas mais diversas áreas e que a construção do Arco Duque será mais um que vai fazer a diferença.

“Essa obra fará justiça social. Ela vai fazer a interligação entre duas cidades e beneficiar vários loteamentos e bairros. Temos certeza de que estamos no caminho certo porque o governo é forte. Esta Casa vem ratificando o trabalho executado pela Prefeitura”, ressaltou Valdecy Nunes, apontando a parceria com o deputado estadual Rosenverg Reis (MDB) e do ex-secretário de Obras, João Carlos Grillo.

Manifestações

Após as manifestações da mesa, o público apresentou as suas dúvidas, elogios e críticas ao projeto do Arco Duque. O empresário Claudemir dos Santos disse que o projeto é muito aguardado e que acredita que sairá do papel devido ao empenho das autoridades.

O ex-vereador Chiquinho Grandão chamou a atenção para o impacto ambiental que a obra irá causar nos municípios de Duque de Caxias e Magé e também por ela passar próxima a duas comunidades, o que remete ao reforço da segurança.

O presidente da Colônia de Pesca de Duque de Caxias, Gilcinei Lopes, ressaltou a questão do impacto ambiental e a situação das comunidades próximas. Para ele, é fundamental ouvir os pescadores, empresários e moradores para que a obra afete o mínimo possível a região.

Também se pronunciou o presidente da Associação dos Moradores do Parque da Liberdade e adjacências, Carlos Antônio Vieira. Ele comentou os transtornos que poderão ocorrer e a necessidade de constantes informações e acompanhamento dos moradores das áreas afetadas.

Drª. Elza do Movimento Pescador com Dignidade na Colônia de Pesca de Duque de Caxias reforçou a necessidade do estudo dos impactos ambientais no projeto e das questões que afetam os pescadores do município. Já José Avelar do Processo Apell alertou para a parte social onde, segundo ele, a maioria dos moradores e trabalhadores do Segundo Distrito utiliza bicicletas como meio de transporte e que, por isso, é preciso analisar bem a acessibilidade para garantir a segurança de todos.

Para o ex-vereador e ex-vice-prefeito de Duque de Caxias Wilson Gonçalves, a construção do Arco Duque irá resgatar toda uma região, principalmente, com relação à Reduc, e o escoamento de sua produção. Seu questionamento é se haverá pedágio e como ficaria a participação do Estado nesta obra.

O vereador Nivan Almeida finalizou as manifestações. “Esta obra não vai acontecer um milímetro sem que antes esta Casa fosse ouvida, a sociedade civil fosse ouvida. Aqui é o início de tudo. Os ideais foram lançados, o projeto está sendo elaborado. A audiência pública vai ao encontro da legitimação do que o governo está propondo”, justificou ele a realização da audiência pública.

“Vamos acompanhar e fiscalizar toda essa obra. É muito importante a participação da sociedade civil porque ela dá legitimidade ao processo”, disse o vereador Catiti.

O vereador Alex Freitas complementou: “esta Casa tem contribuído muito pelo desenvolvimento da cidade”. Ele traçou um paralelo com Arco Metropolitano que, atualmente, está abandonado, sem segurança e iluminação, e mostrou-se preocupado.

“As ações do município e do Estado precisam ser feitas em conjunto visando o meio ambiente, a mobilidade, os investimentos etc. Acredito que a obra é muito importante, mas não podemos abrir mão dos cidadãos para que eles cresçam e se desenvolvam com o município”, disse Alex Freitas.

O secretário de Obras, Valber Rodrigues Januário, o subsecretário de Projetos e Engenharia, Bruno Vale, e o secretário de Urbanismo, Leandro Guimarães, responderam as dúvidas e esclareceram sobre os licenciamentos ambientais, a parceria com o Estado para o aumento da segurança na região também com iluminação de led, entre outros pontos.

Sobre as comunidades pesqueiras, foi explicado que os serviços de dragagem são feitos pelo INEA, por meio do Programa Limpa Rio e que, em Duque de Caxias, são feitos regularmente a limpeza e o desassoreamento dos canais e rios. Também está sendo criado um deck para dar acesso para os pescadores desenvolverem suas ações.

Para os participantes, a audiência pública foi esclarecedora. “Esta audiência serviu para darmos o pontapé e garantir a legitimidade desta obra. Agradeço ao governador Cláudio Castro por dar apoio a cidade de Duque de Caxias e toda a Baixada Fluminense”.