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Por que a volta da boa fase do Flamengo passa por ressurgimento de Arrascaeta

Autor do golaço que abriu o caminho para a virada do Flamengo sobre o Vasco na semifinal do Carioca, Arrascaeta sintetiza o talento e a confiança que precisam aparecer para a retomada da boa fase em 2023.

Independentemente da pressão sobre o técnico Vítor Pereira, está claro neste começo de temporada que as principais peças da equipe não estão rendendo o que poderiam, e o uruguaio é o maior exemplo.

Responsável por momentos memoráveis com a camisa rubro-negra desde 2019, com participações diretas nos títulos da Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil, Arrascaeta começa a dar sinais de uma volta por cima.

A reação passa necessariamente pela evolução física gradual desde a lesão no púbis no ano passado. Com sequência de jogos sob o comando de Vítor Pereira, o uruguaio foi mantido na equipe mesmo com atuações ruins e pedidos da torcida por sua troca, como aconteceu com Éverton Ribeiro.

Presença no ataque

Se na final da Recopa Arrascaeta foi de herói a vilão contra o Del Valle, com gol da vitória e pênalti desperdiçado, nos três clássicos que se sucederam no Campeonato Carioca o camisa 14 começou a crescer.

O meia foi quem mais finalizou no jogo contra o Vasco, cinco vezes, seguido por Pedro e Gabi, com quatro cada. No jogo anterior, contra o Fluminense, o uruguaio teve apenas um arremate. Everton Cebolinha foi quem mais acertou no gol, duas vezes. Contra o mesmo Vasco, na Taça Guanabara, Arrascaeta foi novamente quem mais chutou a gol, cinco vezes, seguido por Gerson, David Luiz e Fabrício Bruno, com quatro finalizações.

Solidário na defesa

Sem Gerson em alguma partidas como a de domingo, Arrascaeta tem sido o responsável por criar situações de gol e também começa a dar sinais de que pode voltar a ser decisivo concluindo ele mesmo. Outro detalhe que chama atenção é a maior capacidade de recomposição. Contra o Vasco, o meia foi visto correndo para trás algumas vezes e conseguindo alguns desarmes.

A busca de Vítor Pereira por um maior equilíbrio do Flamengo passa por este tipo de mobilização. No ataque com o trio formado por Gabi, Pedro e Arrascaeta, o uruguaio precisa participar mais da fase defensiva e preencher os espaços. O golaço no rebote de primeira é o diferencial que não vai aparecer sempre.

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