Ex-Flamengo é um dos citados em esquema de manipulação de jogos na MLS
A denúncia do esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol para gerar lucros a apostadores esportivos chegou a atletas que atuam fora do Brasil. Um dos denunciado é Max Alves, meio-campista que já jogou na base e no profissional do Flamengo e hoje veste a camisa do Colorado Rapids, da MLS, onde recebeu um cartão amarelo menos de um minuto depois de entrar em campo no confronto contra o LA Galaxy, em setembro de 2022.
Natural de Juiz de Fora-MG, o meia começou a dar seus primeiros passos no gramado em uma escolinha do Centro de Futebol Zico de sua cidade natal aos 7 anos. Ele passou por clubes locais e chegou ao vice-campeonato mineiro sub-20 pelo Tupi, de onde chamou atenção de olheiros do Flamengo. Em 2020, aos 19 anos, foi contratado para o sub-20 do Flamengo, onde disputou 40 partidas e marcou três gols. O bom desempenho fez o meia ganhar oportunidades no time profissional sob o comando de Rogério Ceni.
Em março de 2021, fez um gol em sua estreia pela equipe principal, na vitória de 1 a 0 sobre o Nova Iguaçu no Campeonato Carioca. Foi o único tento anotado pelo meia nos 14 jogos que disputou com a camisa do rubro-negro, até ser emprestado para o Cuiabá em setembro. Ficou pouco mais de um ano no clube e também marcou um gol nos 15 jogos que disputou, e de lá foi para a MLS.
Em janeiro do ano passado, Max foi vendido para o Colorado Rapids, dos EUA, por US$ 1 milhão (cerca de R$ 4.95 milhões, na cotação atual) por 80% dos direitos econômicos e um contrato de quatro anos, com opção para renovação por mais um. Em 43 jogos, tem dois gols, três assistências e nove cartões amarelos — um deles foi em 17 de setembro de 2022, no duelo contra o Los Angeles Galaxy, de onde parte a denúncia.
Troca de mensagens entre Bruno Lopez, chefe do esquema de manipulação de jogos, mostram que o jogador, além de receber para levar um cartão amarelo, também indicou o nome de outro jogador para o esquema. O nome de Max também consta em uma planilha de pagamentos do grupo, com um total de R$ 60 mil a ser recebido pela participação no esquema.