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HIV: própolis melhora o sistema imune de pessoas que vivem com o vírus, revela estudo inédito

Pesquisadores brasileiros identificaram que o consumo da resina produzida pelas abelhas ajudou a reduzir o estresse oxidativo

Cientistas brasileiros descobriram que a própolis é capaz de melhorar a imunidade de pessoas que vivem com o HIV. A resina produzida pelas abelhas modula o sistema imunológico mesmo nos infectados por um vírus cujos alvos são justamente as células de defesa do organismo, revelou o estudo.

— Já se sabia que a própolis é um poderoso anti-inflamatório e tem também ação antioxidante, mas essa é a primeira vez que se mostra que também auxilia quem vive com o HIV — destaca o coordenador do estudo, José Maurício Sforcin, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu.

Sforcin há três décadas estuda as propriedades medicinais da própolis e frisa que o potencial dela na manutenção da saúde é muito maior do que o imaginado. No estudo, os pesquisadores verificaram num grupo de voluntários que a própolis diminuiu significativamente a concentração de malondialdeído.

Essa substância é uma indicadora de estresse oxidativo, isto é, de desequilíbrio no metabolismo das células. São afetadas funções muito básicas que influenciam todo o organismo. O estresse oxidativo leva à perda de defesa contra radicais livres e está associado a uma série de problemas, de câncer a doenças do coração, envelhecimento da pele e perda de funções cognitivas.

O estresse oxidativo é aumentado em pessoas que vivem com o HIV, seja pela própria sobrecarga no sistema natural de defesa seja por efeitos adversos dos remédios que mantém o vírus sob controle.

No estudo, também foi observada melhora direta no combate dos radicais livres, liberados justamente quando há desequilíbrio no metabolismo celular.

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