Febre amarela: SP registra primeira morte desde 2019
O estado de São Paulo registrou a primeira morte por febre amarela desde 2019. Trata-se de um homem de 44 anos, morador de São João da Boa Vista, a cerca de 220 km da capital. De acordo com alerta divulgado pelo governo paulista, o óbito ocorreu no final de abril. A confirmação do diagnóstico, contudo, ocorreu em meados de maio.
Segundo o documento, o início dos sintomas foi em 25 de abril, com relato de dores no corpo, febre, mal-estar geral e sintomas respiratórios. A internação hospitalar ocorreu quatro dias depois. Com comprometimento da função renal e hepática, o homem faleceu em 30 de abril.
Ele havia visitado a área rural do município cinco dias antes de apresentar os sintomas e não tinha se vacinado contra a doença. Apesar de ter recebido atendimento hospitalar, não teve o diagnóstico fechado até meados de maio. Ainda no hospital, ele negativou para dengue, leptospirose, HIV e Covid-19. O boletim estadual informa que o material para análise foi encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz e lá se identificou a febre amarela.
Em dezembro de 2022, a região de São João da Boa Vista detectou a circulação do vírus da febre amarela silvestre em uma pessoa residente de Vargem Grande do Sul. Desde então, foram notificados e confirmados mais três casos no entorno. A doença é transmitida por meio da picada dos mosquitos haemagogus e sabethes.
Diante do caso, Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia informou que a vacina da febre amarela é altamente eficiente contra a infecção.
— É um imunizante muito efetivo, um dos mais efetivos que existe. Trata-se de uma plataforma de vírus atenuado, ou seja enfraquecido. Portanto, provoca uma resposta imunológica muito parecida com a doença original. É uma vacina altamente recomendável para todo o território brasileiro — afirma o especialista. — Uma dose só basta para proteger pela vida toda.