POLÍTICA

PT do Rio reage à possibilidade de demissão de Daniela: ‘Tinha que ser melhor tratada por nosso governo’, afirma Quaquá

Integrantes do Partido dos Trabalhadores do Rio saíram em defesa da permanência de Daniela Carneiro como titular do Ministério do Turismo. Vice-presidente da legenda, o deputado federal Washington Quaquá avalia como um erro a possível troca da gestão da pasta e considera que a política deveria ser melhor tratada pelo governo. O diretório estadual do PT no estado também divulgou nota em apoio à ministra.

Para Quaquá, a mudança do titular da pasta do Turismo não resolve os desafios enfrentados pelo governo junto ao Congresso. O parlamentar, que discutiu a situação com o marido de Daniela, o prefeito de Belford Roxo Waguinho (Republicanos), avalia ainda que a ministra está sendo “fritada” enquanto a situação não se resolve.

— Estive com o Waguinho e ele está muito chateado, até pela forma como está sendo feito. A Daniela está sendo fritada pelos jornais, acho que é um negócio muito ruim. Ela é a deputada federal mais votada do Rio de Janeiro, não é uma pessoa qualquer. É evangélica da Baixada, dialoga com um público importante para o nosso projeto popular e tem que ser melhor tratada por nosso governo. Acho que não tem nenhuma necessidade de trocar esse ministério para compor a base do governo na Câmara. Os deputados querem, e eu acho justo, manejar um pedaço do orçamento — garante, indicando a distribuição de emendas como a melhor forma de negociação.

O petista defendeu ainda a necessidade de um acordo definitivo com o presidente da Câmara dos Deputado, Arthur Lira (PP-AL).

— Lira não é um mau necessário, mas um aliado. Ele deu estabilidade ao Bolsonaro e dará ao Lula se a gente o estabelecer como um parceiro do governo. O Centrão tem um papel moderador, de dar equilíbrio ao governo. Temos que fazer um acordo definitivo com o Lira e tratar ele como um grande parceiro. É preciso acreditar mais, abrir mais o coração — avalia, defendendo também um maior empoderamento do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, como homem forte do governo à frente das articulações políticas com os deputados: — Não pode ficar três, quatro fazendo a articulação e ninguém resolver o problema — disse.

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