Taylor Swift tem 5 das 10 músicas mais ouvidas do Spotify após relançar álbum de 2010; entenda motivo das regravações
Após lançar a regravação do álbum “Speak Now”, de 2010, na sexta-feira, a cantora americana Taylor Swift teve 5 das 10 músicas mais tocadas no Spotify deste sábado, segundo informações da plataforma.
As canções “Back To December (Taylor’s Version)”, “Enchanted (Taylor’s Version)” e “Mine (Taylor’s Version)”, embora conhecidas pelo público há mais de uma década, ocuparam as posições 6, 7 e 8, respectivamente, do ranking.
Além disso, a música feita pela cantora também em 2010, porém lançada apenas agora com as regravações, “I Can See You (Taylor’s Version) (From The Vault)”, foi a quarta mais ouvida da plataforma de streaming.
A quinta composição de Taylor no Top 10 foi a obra “Cruel Summer”, que não fez parte do novo álbum. A música, terceira mais escutada no Spotify, foi lançada em 2019, porém tem viralizado nas redes sociais com trends e publicações sobre a turnê mundial de shows da cantora, que chega ao Brasil em novembro.
Por que Taylor Swift está regravando seus álbuns antigos?
O álbum lançado nesta sexta-feira, “Speak Now (Taylor’s Version)”, é parte de um projeto da cantora anunciado em 2019 de regravar seus seis primeiros álbuns: “Taylor Swift” (2006), “Fearless” (2008), “Speak Now” (2010), “Red” (2012), “1989″ (2014) e “Reputation” (2017). De forma resumida, ela busca voltar a ser dona de seu trabalho artístico.
Isso porque, nos Estados Unidos, os direitos sobre uma música podem ser separados, os da composição e a letra, que pertencem à Taylor, e os sobre o “master”, que pertencem à sua antiga gravadora. Quem detém o direito sobre o “master” é quem determina, por exemplo, se a música pode ser vendida, reproduzida e outras questões comerciais.
Um ano depois de ter lançado o álbum “Reputation”, em 2018, a artista deixou a gravadora Big Machine e assinou com a Republic Records, do grupo Universal Music. Com o novo acordo, ela passaria a ser detentora dos direitos tanto sobre a composição, como sobre o “master”, de suas obras futuras. É o caso de seus quatro últimos álbuns inéditos: “Lover” (2019), “Folklore” (2020), “Evermore” (2021) e “Midnights” (2022).
Na época, Taylor chegou a tentar comprar os direitos sobre o “master” de seus álbuns antigos antes de deixar a Big Machine, mas a gravadora queria condicionar a venda a um contrato que estabelecia o lançamento de mais seis novos álbuns, o que a impediria de trocar para a Republic Records.
O problema maior foi no ano seguinte, em 2019, quando a Big Machine foi vendida para o empresário musical Scooter Braun, o que deu a ele os direitos sobre as canções de Taylor. Braun era um longo desafeto da artista, que chegou a dizer na época que seu legado musical estava prestes “a cair nas mãos de alguém que tentou desmantelá-lo”.
O empresário agenciava nomes como o de Kanye West, que esteve em uma briga pública com Taylor e chegou a se referir a ela em uma música dizendo que “tornou aquela vadia famosa”. Anos antes, Kanye interrompeu Taylor enquanto ela recebia o prêmio de Melhor Vídeo Feminino do ano no VMAs para defender que a cantora Beyoncé deveria ter levado o troféu.
Por isso, em 2019, Taylor anunciou que regravaria os álbuns, agora pela gravadora Republic Records, para deter os direitos tanto da composição, como do “master”. Eles levam o mesmo nome do original, porém com a adição de (Taylor’s Version) no título, “versão da Taylor”, em português. A decisão foi tomada pouco depois de a cantora Kelly Clarkson ter sugerido a estratégia em uma publicação no Twitter.
“Taylor, apenas uma ideia, você deveria regravar todas as músicas que você não possui os masters exatamente como você as fez, mas coloque uma nova arte e algum tipo de incentivo para que os fãs não comprem mais as versões antigas. Eu compraria todas as novas versões só para provar um ponto”, escreveu.
A primeira regravação foi lançada em 2021, do álbum “Fearless”, de 2008, que conta com músicas como “Love Story” e “You Belong With Me”. Em seguida, no mesmo ano, Taylor lançou o “Red (Taylor’s Version)”, que havia sido gravado originalmente em 2012 com obras como “22” e “We Are Never Ever Getting Back Together”.
Nesta sexta-feira, o terceiro álbum do projeto chegou às plataformas, o “Speak Now (Taylor’s Version), originalmente de 2010. Mais de uma década depois, músicas como “Enchanted”, “Back To December” e “Long Live”, que chegou a ter uma versão em português com a cantora Paula Fernandes, voltaram ao topo das paradas.