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Governo anuncia R$ 66 bilhões para inovação com ‘menor taxa de juros da história’

O governo vai liberar R$ 66 bilhões em linhas de financiamento para inovação, com recursos do BNDES, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O anúncio foi feito nesta quarta-feira, em São Paulo, em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Do total de financiamento, R$ 16 bilhões são não reembolsáveis. A linha de crédito terá juros nominais de 4% ao ano, a menor já praticada no país para financiamentos na área, com até 16 anos para pagamento e quatro meses de carência. Para projetos de inovação, o BNDES praticava juros entre 13% e 15%.

Os aportes serão feitos até 2026 e os projetos já podem ser apresentados pelo setor privado. As liberações começam a ser concedidas até o fim de setembro. O evento de apresentação do programa, chamado de Mais Inovação Brasil, aconteceu com presença ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, do diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

— Esse é o menor juros da história, com juros nominais de 4% Todos os recursos chegam a R$ 66 bilhões — disse Alckmin. — Isso vai dar um grande impulso para alavancarmos a indústria.

O programa terá R$ 20 bilhões de linha de crédito do BNDES e R$ 41 bilhões via MCTI, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), além de aporte da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

— Esse é o maior programa de inovação que já tivemos no Brasil — afirmou o ex-ministro do governo Dilma, Nelson Barbosa, aos empresários. — Estamos retomando o papel do BNDES na inovação.

São seis eixos de investimento: pesquisa, desenvolvimento e inovação na indústria; meio ambiente, mudança do clima, resíduos sólidos e recursos hídricos; investimento em plantas industriais com processo não existente no Brasil; difusão tecnológica, que inclui aquisição de máquinas e equipamentos com tecnologias inovadoras; contração de serviços tecnológicos; e apoio à transformação ao ambiente digital e os parques tecnológicos.

— Os investimentos em ciência criam um ciclo virtuoso no qual o conhecimento produzido significa mais inovação, empresas mais produtivas e uma economia mais competitiva. A nova política industrial deve estar apoiada na inovação — disse a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.

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