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Monique Medeiros é transferida de presídio após supostas ameaças de detentas

Monique Medeiros, ré pelo homicídio de seu filho, o menino Henry Borel, foi transferida de presídio por supostamente estar sofrendo ameaças de outras prisioneiras. A determinação cumprida pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) veio da juíza Elizabeth Machado Louro, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

Segundo a Seap, Monique já está na Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, desde a última segunda-feira (28). Antes, ela estava no Instituto Penal Santo Expedito, também em Bangu. Neste local, ela estaria sendo ameaçada por outras detentas.

A secretaria destacou que respeita e cumpre todas as decisões judiciais. Contudo, de acordo com a direção do Instituto Penal Santo Expedito, não foi registrado qualquer episódio que pudesse vir a comprometer a integridade física de Monique durante sua permanência na unidade e nenhuma das supostas ameaças chegou a ser comprovada.

Monique voltou a ser presa em julho deste ano por determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela estava respondendo o processo pela morte do seu filho em liberdade desde agosto do ano passado justamente por supostas ameaças que teria sofrido na cadeia anteriormente.

O retorno de Monique à prisão aconteceu após o ministro atender a um recurso de Leniel Borel, pai da criança, depois que o mesmo apontou que a ex-mulher estaria coagindo uma testemunha, além de estar utilizando as redes sociais. Na decisão, Mendes defendeu em sua fala que o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que liberou Monique “não apenas se divorcia da realidade dos autos, como também afronta jurisprudência pacífica” do STF.

Relembre o caso

Na madrugada do dia 8 de março de 2021, Henry Borel chegou a um hospital da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, com manchas roxas em várias partes do corpo e o laudo da perícia apontou que a morte dele foi provocada por laceração hepática.

O caso foi investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) que concluiu, em maio do mesmo ano, que Jairinho, padrasto de Henry, agredia a criança. Os exames do IML apontaram 23 lesões no corpo da criança. O ex-vereador segue preso preventivamente.

O inquérito também revelou que Monique sabia que o filho vinha sendo vítima do padrasto, mas se omitia. Em junho, a Justiça aceitou recursos da acusação e aumentou o número de crimes que os acusados irão responder. O ex-vereador passará a ser julgador por homicídio com emprego de crueldade e recurso de impossibilidade de defesa da vítima, tortura e coação do processo. Já a mãe de Henry responderá por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilita a defesa da vítima, tortura e coação.

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