Uma piscina de ‘500 mil bombas de hidrogênio’ que faz estourar os termômetros: conheça o El Niño, vilão do calor extremo
Observou bem a figura acima? Ela conta a evolução da temperatura média global em 200 anos. Pois bem: a Terra não é mais azul, está mais para Marte, até aqui o planeta vermelho. E você sente isso na pele. A onda de calor que arde um terço do Brasil promete marcas históricas nos termômetros a partir de hoje, bem acima dos 40 graus. Mas você sabe por quê?
O Oceano Pacífico virou uma piscina de água quente do tamanho da Amazônia brasileira, acumulando uma quantidade de energia equivalente a 500 mil bombas de hidrogênio de 20 megatons. É o El Niño, vilão da temporada climática.
O verdadeiro planeta vermelho
O GLOBO mergulhou no fenômeno mais temido da meteorologia em mais um especial do Tem que Ler, produto exclusivo para assinantes que visa a tirar dúvidas, entreter e informar nos mais variados formatos.
No capítulo de hoje, nesta série de três dias, mostramos, com mapas animados, como se forma o El Niño e como ele pode fazer de 2023 e 2024 os anos mais quentes da História do Planeta Terra. Porque o mundo já sofre com os efeitos das mudanças climáticas. Mas o El Niño torna tudo bem pior.
Tá quente. Pode piorar?
Pode, sem rodeios. E não é só o calor que vai nos perturbar. O El Niño desequilibra os eventos climáticos mundo afora. Tudo fica extremo. No Brasil, podemos esperar calor e tempestades na Região Sudeste, chuvas extremas e inundações na Região Sul e seca e queimadas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. No mundo? A lista avança.
O que mais vem por aí?
Amanhã, o especial do Tem que Ler traz um videográfico que explica em minutos o impacto do calor no corpo humano e dá dicas de como evitar derreter no dia-a-dia.