Nova expulsão precoce torna Fluminense uma presa fácil do Cuiabá numa noite para esquecer
Você não está lendo errado. O Fluminense, pelo segundo jogo consecutivo, teve um jogador expulso que comprometeu totalmente a atuação. Aconteceu diante do Internacional, pela semifinal da Conmebol Libertadores, e agora contra o Cuiabá, na derrota por 3 a 0, na Arena Pantanal, pelo Campeonato Brasileiro. O jogo era de risco mínimo, tanto o técnico Fernando Diniz levou reservas para Mato Grosso, mas não deixa de ser frustrante da mesma forma.
A derrota em Mato Grosso é pior pelo contexto do que pelo resultado. Mesmo com reservas, o Fluminense tinha caminho aberto para vencer um adversário em crise. O Cuiabá não sabia o que era vencer há seis jogos, dispensou jogadores alegando que eles “atrapalhavam”, o presidente do clube precisou ir a público e conceder coletiva para estancar os problemas.
O contexto da escolha pelos reservas é óbvio: na próxima quarta-feira, o Fluminense faz o jogo mais importante da temporada diante do Internacional, no Beira-Rio. Por isso o “risco mínimo”, citado no início do texto. Levando em conta o planejamento no Campeonato Brasileiro, um tropeço na Arena Pantanal não seria tão criticado. A insatisfação é pela forma como ela ocorreu.
Fernando Diniz diz que a partida estava “controlada” até o cartão vermelho. Discordo. O Fluminense já jogava mal antes de Martinelli ser expulso. Tanto que o treinador foi flagrado dando uma bronca em Leo Fernández e cobrando mais intensidade do time. Se no 11 contra 11 o Fluminense não era ameaçado, também pouco assustava. Claro, utilizar a equipe reserva pesou neste ponto.
Minutos depois, Alan Empereur marcou o segundo num golaço, originado de uma jogada de bola parada. Num belo chute de fora da área, Fernando Sobral fez o terceiro. Com reservas, um a menos em campo e atrás no placar, o temor foi de a derrota virar goleada. Deyverson chegou a marcar o quarto, mas um impedimento no início do lance não a concretizou.
Qualquer torcedor do Fluminense viu como certa a ideia de levar os reservas para a Arena Pantanal. Também está ciente que o cartão vermelho minou qualquer chance de vitória. Não há crise, mas fica o alerta. São quatro meses sem vencer uma partida fora de casa no Campeonato Brasileiro. Algo que será necessário na Conmebol Libertadores.
Na próxima quarta-feira, o Fluminense tem uma decisão contra o Internacional. Além de futebol, terá que ter cabeça no lugar.