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Conmebol inocenta Fluminense e arquiva caso das brigas na final da Libertadores

Entidade considera que brigas em Copacabana e em outros lugares da cidade não eram de responsabilidade do clube carioca, mas sim da própria Conmebol e das forças de segurança

A Conmebol arquivou o caso das brigas entre torcedores de Fluminense e Boca Juniors na final da Conmebol Libertadores de 2023. Em documento divulgado no último dia 12 de janeiro, a entidade considera que a reclamação dos argentinos sobre a responsabilidade ser do clube carioca não procedia, uma vez que a operação da final era de responsabilidade da Conmebol e também das forças de segurança da cidade-sede.

O que diz o documento divulgado pela Conmebol

“- A responsabilidade pela organização e segurança da final recaía sobre a Conmebol, portanto, não corresponde atribuir ao Fluminense Footbal Club a responsabilidade pelos incidentes ocorridos que tenham a ver com a organização e segurança do evento em geral.

– Os cinco casos denunciados que foram objetos do presente expediente disciplinar não devem ser imputados ao Fluminense Football Clube, atendendo o que ficou explícito nos autos, que as agressões cometidas contra os torcedores do Club Atlético Boca Juniors ocorreram fora dos âmbitos tutelados pelo Código Disciplinar da Conmebol, quer dizer, fora do âmbito de controle da organização da partida e, por consequência, do Fluminense Football Club.

– A responsabilidade sobre a segurança dos torcedores que se encontram fora dos anéis de segurança é claramente das forças de ordem pública, que detêm o poder de coerção e coação para evitar que ocorram incidentes como os relatados na denúncia.”

A Conmebol havia aberto o “Expediente Disciplinar” em novembro, dias depois da final da Conmebol Libertadores no Maracanã vencida pelo Fluminense. A denúncia foi feita pelo Boca Juniors, que reuniu vídeos, fotos e reportagens da imprensa argentina que relatam brigas entre torcedores e também denunciam a forma que os policiais brasileiros trataram a torcida do Boca.

A denúncia do Boca Juniors é referente a confusões entre torcedores do time argentino e do Fluminense nos dias 30 de outubro, 2 de novembro e também na final, 4 de novembro. Os dois primeiros dias são referentes a confusões principalmente na região de Copacabana, Zona Sul do Rio, enquanto na decisão os maiores problemas foram relatados no entorno do Maracanã, mas também em briga no metrô.

O Fluminense é acusado pelo Boca Juniors de cometer nove infrações ao Código Disciplinar da Conmebol. A maioria das violações era referente à conduta violenta contra os torcedores adversários. A punição prevista estava no mesmo Código que contém os artigos implicados ao clube e poderiam variar entre: advertência; repreensão; multa; devolução dos prêmios; retirada de título; e realização de serviços comunitários através do futebol.

Entre os 22 itens anexados como prova pelo Boca Juniors constavam a ameaça de torcedores do Fluminense, vídeos da confusão entre as torcidas na praia de Copacabana – que o Boca anexou como “emboscada” – e o tratamento agressivo das forças de segurança contra os argentinos, principalmente no Maracanã. Um dos vídeos mostra policiais borrifando spray de pimenta no rosto e na nuca de torcedores que não ofereciam perigo.

Depois da confusão entre torcedores na praia de Copacabana no dia 2 de novembro, a diretoria do Fluminense emitiu um comunicado pedindo às organizadas que não se envolvessem em outras brigas. O clube se reuniu com lideranças das torcidas e pediu o fim dos conflitos com os argentinos.

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