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Brent Sikkema: quem era o galerista encontrado morto na Zona Sul do Rio

Encontrado morto na segunda-feira (15), Brent Sikkema era americano e galerista de arte. Ele tinha 75 anos e, segundo amigos, era apaixonado pelo Brasil.

O corpo de Sikkema tinha marcas de uma perfuração por arma branca, de acordo com a perícia, quando foi encontrado no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira (18), a Polícia Civil prendeu um suspeito de matar o galerista. O homem de 30 anos foi encontrado em Uberaba (MG), na BR-050 (leia mais abaixo).

Sikkema começou a trabalhar com arte em 1971 e abriu a primeira galeria em 1976, na cidade de Boston, nos EUA. Ele era sócio da galeria de arte Sikkema Jenkins & Co, que fica no bairro de Chelsea, em Nova York. O local foi fundado em 1991 por ele com o nome de Wooster Gardens.

Os vizinhos do Brasil descrevem Brent como uma pessoa discreta. Ele era casado e deixa um filho de 12 anos. O marido foi comunicado da morte e não deve vir ao Brasil.

Brent não falava português, mas, segundo amigos, se sentia acolhido no Brasil e vinha ao país para as festas de fim de ano e carnaval.

Artistas brasileiros que já trabalharam com Brent lamentaram sua morte.

“Brent foi meu galerista durante três décadas e um amigo por mais tempo que isso. Eu devo uma lealdade incrível ao profissional que ele foi por ser uma das primeiras galerias a ter um contingente de artistas que era metade branco, metade negro, metade mulher, metade homem”, destacou o artista visual Vik Muniz.

“Ele era um apaixonado pela arte brasileira, com um senso de humor maravilhoso, uma pessoa alegre”, afirma o artista visual Luiz Zerbini.

Prisão de suspeito

O homem suspeito de matar o galerista foi encontrado em Uberaba (MG), na BR-050.

Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil de São Paulo, cumpriram o mandado de prisão temporária contra o cubano Alejandro Triana Trevez. Ele negou aos policiais que o abordaram que tenha cometido o crime.

O suspeito foi identificado após análise de imagens de câmera de segurança e coleta de informações. Segundo a polícia, foi feito um intenso trabalho de inteligência e monitoramento.

A principal linha de investigação da DHC é que Brent tenha sido vítima de um latrocínio — roubo seguido de morte.

Segundo a polícia, Alejandro fugiu para São Paulo após o crime e de lá seguiu para Minas Gerais, onde foi encontrado com US$ 3 mil que seriam do galerista.

A BR-050 liga SP a Brasília, passando pelo Triângulo Mineiro. A polícia acredita que o cubano tentava alcançar a fronteira passando por Mato Grosso.

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