SES-RJ participa de reunião da Sala Nacional de Arboviroses do Ministério da Saúde
Representantes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) participaram, nesta última sexta-feira (26/01), da reunião da Sala Nacional de Arboviroses (SNA), organizada pelo Ministério da Saúde. Durante o encontro virtual, membros da Vigilância Epidemiológica e da Ambiental da SES-RJ, do Laboratório Central Noel Nutels (Lacen), e da Área Técnica de Arboviroses dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo compartilharam experiências e os cenários epidemiológicos de suas respectivas regiões. Segundo o Panorama da Dengue, boletim semanal da SES-RJ e divulgado nesta sexta (26/01), o Rio de Janeiro segue com tendência de alta no número de casos prováveis de dengue, acima da média histórica para o período.
Durante a apresentação da SES-RJ, Luciane Velasque, superintendente de Informação Estratégica em Vigilância e Saúde da SES-RJ, mostrou o cenário epidemiológico do estado, destacando, principalmente, quais os sorotipos da dengue estão em circulação no RJ e como funciona o monitoramento dos municípios que solicitam centros de hidratação. Ela ressaltou que essas reuniões são necessárias para conhecer melhor o cenário epidemiológico dos estados vizinhos.
“É muito importante participar e ter a oportunidade de compartilhar informações com os estados. Podemos pensar juntos em estratégias para o enfrentamento da doença”, disse.
Silvia Carvalho, superintendente de Emergência em Saúde Pública, da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), ressaltou, em sua fala no encontro, que conhecendo os cenários dos municípios é possível implementar ações para melhor assistir a população.
No estado do RJ circulam os sorotipos 1 e 2 do vírus que causa a dengue. Foi identificado um caso do sorotipo 4, mas importado. O tipo 3 já está em circulação em Minas Gerais e São Paulo, e não é registrado no Rio desde 2007. A Vigilância Ambiental da SES-RJ está monitorando os sorotipos circulantes nas rodovias que fazem a integração com outros estados do Sudeste. As amostras dos mosquitos capturados são enviadas ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen).
Nas três primeiras semanas de janeiro, o estado registrou 9.963 notificações de casos prováveis de dengue, representando uma alta de 587% em relação ao mesmo período de 2023. Oito das nove regiões do estado estão com números de casos acima da média. Resende, Itatiaia e Rio das Ostras estão com alta acima do esperado.
Na próxima reunião, que acontece na sexta-feira (02/02), também em formato virtual, representantes do Plano Nacional de Imunizações (PNI) estarão presentes para fornecer mais informações e mais detalhes a respeito da vacinação da dengue no país. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a dengue chega à população a partir de fevereiro, sendo contemplados, neste primeiro momento, os municípios de grande porte com alta transmissão do vírus nos últimos 10 anos. O público-alvo são crianças e jovens de 10 a 14 anos e o esquema vacinal é de duas doses com intervalos de três meses.