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Dengue no Rio: como identificar sintomas, onde buscar atendimento e o que fazer para prevenir a doença

O Estado do Rio de Janeiro está sob uma epidemia de dengue, conforme decreto editado nesta quarta-feira (21) pelo governador Cláudio Castro (PL). A capital está em emergência por causa da virose desde o dia 5, e seis mortes foram confirmadas até a noite de sexta-feira (23).

Especialistas alertam que o número de casos vai subir nas próximas semanas e pedem que a população fique atenta a fim de eliminar criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya.

1. Quais os sintomas mais comuns?

  • Febre repentina e alta, entre 39°C e 40°C;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Dores musculares e articulares;
  • Náusea e vômito;
  • Falta de apetite;
  • Manchas vermelhas no corpo.

 

2. Qual a diferença da dengue para a Covid?

Não confundir dengue com Covid, cujos sintomas são:

  • Tosse;
  • Dor de garganta;
  • Coriza;
  • Perda de olfato;
  • Dor abdominal;
  • Fadiga.

 

3. Quando devo procurar um médico?

Com os sintomas mais leves, já é recomendado ir a um posto. Com o agravamento da doença, o quadro evolui para:

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Acúmulo de líquidos em cavidades corporais;
  • Sangramento de mucosa;
  • Hemorragias.

E se torna urgente pedir ajuda profissional!

4. Onde buscar atendimento?

A Prefeitura do Rio de Janeiro afirma que todas as 238 unidades de atenção primária estão preparadas para atender casos de dengue.

Em paralelo, o município instalou polos específicos para pacientes com dengueabertos todos os dias, das 7h às 19h:

  • Bangu: Policlínica Manoel Guilherme da Silveira Filho. Avenida Ribeiro Dantas 571
  • Benfica: Super Centro Carioca de Saúde. R. General Gustavo Cordeiro de Farias 545 (entrada pelo Centro Carioca de Especialidades).
  • Botafogo: Super Centro Carioca de Vacinação. R. General Severiano 91
  • Campo Grande: CMS Belizário Penna. Rua Franklin 29
  • Curicica: Hospital Municipal Raphael de Paula Souza. Estrada de Curicica 2.000
  • Del Castilho: Policlínica Rodolpho Rocco. Estrada Adhemar Bebiano 339
  • Ilha do Governador: Hospital Municipal Paulino Werneck. Estr. da Cacuia 745
  • Madureira: CMS Souza Marques. Praça do Patriarca
  • Ramos: CF Zilda Arns. Estrada de Itararé 951
  • Santa Cruz: Policlínica Lincoln de Freitas Filho. Rua Álvaro Alberto 601
  • Tijuca: Policlínica Hélio Pellegrino. Rua do Matoso 96
Polo de atendimento da dengue em Botafogo — Foto: Divulgação/SMS

O governo do estado informou que as UPAs e hospitais sob sua gestão também estão preparadas para o acolhimento.

  • UPA Bangu: Rua Figueiredo de Camargo, esquina com a Rua Duquerque
  • UPA Botafogo: Rua São Clemente, esquina com a Rua Nelson Mandela
  • UPA Campo Grande I: Estrada do Mendanha, esquina das ruas Tupã e Solani
  • UPA Campo Grande II: Av. Cesário de Melo, no Regimento da Polícia Montada da PM – São Jorge (Próximo ao Cemitério)
  • UPA Complexo do Alemão: Rua Engenheiro Manoel Segurado, Bonsucesso
  • UPA Engenho Novo: Rua Souza Barros 70
  • UPA Ilha do Governador: Parque Poeta Manoel Bandeira, Cocotá
  • UPA de Irajá: Rua Monsenhor Félix 380
  • UPA Jacarepaguá: Rua André Rocha 20, Taquara
  • UPA Manguinhos: Avenida Dom Helder Câmara 1.390
  • UPA da Maré: Av. Brasil 4.800, Rua 9, esquina com a Rua 5
  • UPA Marechal Hermes: Rua Xavier Curado s/nº
  • UPA Penha: Av. Lobo Júnior, esquina com Av. Brás de Pina
  • UPA Realengo: Rua Marechal Joaquim Inácio, Próximo ao Viaduto de Realengo
  • UPA Ricardo de Albuquerque: Rua Marechal Alencar, ao lado da Faetec
  • UPA Rocinha: Estrada da Gávea 577, na Curva do S
  • UPA Santa Cruz: Av. Cesário de Melo 13.655, Conjunto Cesarão
  • UPA Tijuca: Rua Conde de Bonfim, esquina com a Rua Pareto
  • Hospital Estadual Albert Schweitzer: Rua Nilópolis 329, Realengo
  • Hospital Estadual Anchieta: Rua Carlos Seidl 785, Caju
  • Hospital Estadual Carlos Chagas: Rua Gal. Osvaldo Cordeiro de Faria 466, Marechal Hermes
  • Hospital Estadual Getúlio Vargas: Rua Lobo Júnior 2.293, Penha
  • Hospital Estadual Pedro II: Rua do Prado 325, Santa Cruz
  • Hospital Estadual Rocha Faria: Av. Cesário de Melo 3.215, Campo Grande
  • Hospital Estadual Santa Maria: Estrada do Rio Pequeno 656, Taquara
  • Hospital Estadual Eduardo Rabelo: Estrada do Pré, Senador Vanconcelos
  • PAM Cavalcanti: Rua Graça Melo 640
  • PAM Coelho Neto: Rua Ouseley 355

Para as gestantes, o Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião é a unidade de referência: R. Sacadura Cabral 178, Gamboa.

5. Posso me automedicar?

Aspirina e AAS não devem ser usados por pacientes que estão com suspeita de dengue ou que foram diagnosticados com a doença — Foto: Getty Images/BBC

Especialistas ouvidos pelo g1 destacam que a automedicação pode mascarar sintomas graves e atrasar o tratamento adequado da doença, especialmente em crianças ou pessoas com problemas de coagulação (uma resposta natural do corpo para interromper sangramentos em vasos sanguíneos), como diabéticos e idosos.

Por isso, como alerta o Ministério da Saúde, é importante procurar ajuda para diagnóstico e tratamento adequados ao apresentar possíveis sintomas de dengue.

Nenhum medicamento disponível no mercado combate os 4 vírus da dengue. Os seguintes remédios apenas amenizam os sintomas:

  • Dipirona: Novalgina, Anador, Magnopyrol;
  • Paracetamol: Tylenol, Sonridor.

 

6. O que não tomar contra dengue?

  • AAS: Aspirina, Bufferin
  • Hidrocortisona: Berlison
  • Ibuprofeno: Alivium, Buscofem, Lombalgina
  • Ivermectina: Revectina
  • Nimesulida: Nisulisd
  • Prednisona: Predsim

7. Como prevenir a dengue?

80% dos focos do mosquito estão dentro das residências em locais como caixa d’água, vaso de planta, piscina e até bebedouros de animais.

A melhor forma de se proteger do mosquito é evitar que ele se desenvolva, ou seja, eliminar os focos de larvas.

O uso de inseticidas, por exemplo, não é uma boa forma de eliminar o Aedes aegypti adulto, já que estas substâncias estão gerando mosquitos resistentes. Além disso, inseticidas causam sérios danos à natureza.

Sendo assim, a melhor maneira de combater o mosquito adulto é eliminar as águas paradas. Sem elas, as fêmeas não têm um lugar adequado para que seus ovos se desenvolvam e assim, a população de mosquitos adultos vai sendo reduzida até não representar mais perigo.

O governo do estado distribuiu um guia para orientar a população nas inspeções por criadouros do Aedes aegypti. É uma folhinha com os pontos de casa que merecem atenção.

Siga essas orientações:

  • Coloque areia no prato dos vasos de plantas.
  • Mantenha os ralos limpos jogando água sanitária ou desinfetante semanalmente. Verifique a existência de entupimento. Se não for utilizá-los, mantenha-os vedados.
  • Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc.
  • Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana. Não jogue lixo em terrenos baldios.
  • Lave, principalmente por dentro, com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.
  • Troque diariamente a água dos bebedouros de animais e aves e limpe-os com escova ou bucha.
  • Depressões de terreno também são possíveis poças de água parada. Preencha-os com areia ou pó de pedra.
  • Mantenha caixas d’água, cisternas, tonéis e outros depósitos de água sempre bem fechados, com a tampa adequada, para impedir a entrada do mosquito.
  • Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os sem água em local coberto e abrigados da chuva.
  • Guarde as garrafas vazias sempre de cabeça para baixo e de preferência em local coberto.
  • Limpe constantemente as calhas, remova tudo que possa impedir a passagem da água, a laje e a piscina de sua casa.
  • Instale a caixa do ar-condicionado de forma que esta não possa acumular água.
  • No alto de lajes e telhas também pode haver água parada. Caso more em apartamento, peça ao porteiro que verifique o acúmulo de água no terraço.
  • Suspeite de garagens e subsolos. Confira se a água da chuva que cai nas calhas circula.
  • Evite ter bromélias em casa. Mantendo-as, é indispensável tratá-las com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando, no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas.

8. Como escapar dos mosquitos?

Para além dos cuidados com os criadouros, existem meios de espantar os mosquitos.

  • Espirais ou vaporizadores elétricos: devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr do sol, horários em que os mosquitos mais picam.
  • Mosquiteiros: devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.
  • Repelentes: podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.
  • Telas: usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.
  • Ar-condicionado: inibe o mosquito, pois baixa a temperatura e a umidade do ar, mas não o mata. Ele tem mais dificuldade para detectar onde estará a possível vítima de sua picada. Estes aparelhos apenas espantam o mosquito que poderá voltar em outro momento quando eles estiverem desligados.

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