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Hospital Estadual Ricardo Cruz lança projeto de realidade virtual para acelerar tratamento fisioterápico de pacientes

A realidade virtual passou a fazer parte do tratamento de fisioterapia dos pacientes internados no Hospital Estadual Ricardo Cruz (HERCruz), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A ferramenta é inovadora no Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado do Rio e é usada como complemento da terapia tradicional. O projeto, criado pela equipe de fisioterapia da unidade, ajuda a acelerar a recuperação de pacientes com longa internação, lúcidos, com quadro de dor de difícil controle e perdas de movimento.

Os óculos de realidade virtual adquiridos pela unidade funcionam acoplados a um celular. São imagens reproduzidas em três dimensões, com duração que varia entre 5 e 15 minutos, dando a sensação de que o paciente está na praia, na montanha, floresta ou em um parque. De forma lúdica e humanizada, o paciente é transportado para outro cenário, sem precisar sair do lugar. Todas as imagens são associadas a um exercício que faz parte do tratamento.

“A tecnologia oferece um ambiente imersivo e interativo, favorecendo na melhoria motora, equilíbrio, coordenação e força muscular. A realidade virtual permite reduzir a ansiedade provocada pelo tratamento de longa duração, constituindo-se numa experiência terapêutica positiva e motivadora”, frisa o subsecretário de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Caio Souza.

O projeto de realidade virtual surgiu depois que a unidade constatou que 70% dos pacientes do HerCruz têm mais de 60 anos e perfil de longa permanência e dor. Aliado à fisioterapia tradicional, o projeto facilita a recuperação e melhora a qualidade de vida na enfermaria e no CTI.

A coordenadora de fisioterapia do Hospital Estadual Ricardo Cruz, Karen Trevisan, explicou que o projeto de realidade virtual vem somar à fisioterapia tradicional, mas de forma humanizada e individualizada.

“A realidade virtual atua em parceria com o trabalho de fisioterapia convencional, que realizamos com exercícios e uso de peso. Tudo é feito de acordo com a necessidade do paciente, respeitando seu perfil. O tratamento lúdico reduz a dor e acelera o processo de cura por ser uma ferramenta de fisioterapia mais atrativa. Com os óculos o paciente caminha em seu ambiente hospitalar e pedala com o uso de um aparelho de forma colaborativa”, explica Trevisan.

Internado na HERCruz com problema renal, desde  março deste ano, Luciano Íntimo Menezes, de 28 anos, morador do Catumbi, descreveu a sua experiência ao usar os óculos de realidade virtual pela primeira vez.

“Lembro da época em que eu fazia trilha na Urca e na Gávea, na Zona Sul do Rio, há alguns anos. Vejo uma floresta, uma estradinha, árvores e, agora, estou segurando um galho. É uma sensação muito boa, maravilhosa de bem-estar e de tranquilidade, que nos transporta para coisas que fazíamos antes da internação, reduzindo o estresse de estar internado”, conta o subgerente de loja.

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