Rio inaugura Central de Inteligência para auxiliar forças de segurança; radares serão usados em cercos eletrônicos
A Prefeitura do Rio inaugura, nesta terça-feira (4), a Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio a Segurança Pública (Civitas), que vai funcionar em parceria com o Disque Denúncia dentro do Centro de Operações Rio (COR). O objetivo é que o sistema de monitoramento ajude as forças de segurança estaduais e os próprios órgãos municipais com informações sobre diversas ocorrências.
Entre as iniciativas, os radares de monitoramento de trânsito da CET-Rio serão usados em cercos eletrônicos como, por exemplo, na verificação de placas. As outras câmeras da prefeitura que existem na cidade também serão usadas.
O começo da operação da ferramenta foi anunciado pelo prefeito Eduardo Paes, por Eduardo Cavaliere, secretário de Casa Civil; e Breno Carnevale, secretário de Ordem Pública. Renato Almeida, coordenador do Disque Denúncia, também participou do anúncio.
O serviço do Disque Denúncia segue funcionando para receber denúncias dos moradores de todo o Estado do Rio de Janeiro.
“Desde 2016, deixamos de trabalhar 24 horas. Perdemos quase 200 mil denúncias no período, em torno de 320 denúncias por noite. A iniciativa da Prefeitura do Rio em apoiar o Disque Denúncia para voltar a operar em tempo integral é que vamos ter o pleno funcionamento para a população”, destacou Renato Almeida.
A parceria entre o poder municipal e o Disque Denúncia vai permitir que a central volte a funcionar sem parar, durante os sete dias da semana, com o financiamento do poder municipal. O investimento será de R$ 7 milhões por ano.
“É uma política pública tocada por uma instituição privada, trazendo melhorias para o estado e a cidade e que teve o serviço de 24 horas descontinuado. Como se alguém, que tivesse uma denúncia a fazer, tivesse que realizar em horário determinado”, disse o prefeito Eduardo Paes.
A central Civitas contará com 24 operadores.
Roubo de cabos e equipamentos
A ideia é que a central de monitoramento ajude a reduzir ações criminosas que impactam também o município, como os gastos com reposição de cabos e equipamentos de trânsito, por exemplo.
A cidade do Rio de Janeiro deve contar com 10 mil câmeras espalhadas pelas ruas até o fim do ano. De acordo com Eduardo Cavaliere, o custo mensal de reposição de cabos e luminárias é de R$ 1 milhão por mês.
O Rio também registra 4,6 mil ocorrências mensais de furtos de cabos e equipamentos de sinais de trânsito.
Ao longo de 2023, os furtos de sinais de trânsito custaram quase R$ 3 milhões aos cofres públicos na capital fluminense. Foram 800 equipamentos roubados apenas na região de São Cristóvão, Vila Isabel e Tijuca.
“Na central Civitas, a gente tem o fluxo de funcionamento com a essencial função de receber informações e denúncias por diferentes fontes, como o sistema de Justiça. No próprio Centro de Operações, já é diário de policiais civis que estão fazendo investigações e nos procuram em busca de câmeras”, disse Cavaliere.
O prefeito destacou as ações do poder municipal na área de segurança pública, como as ações de ordenamento que destroem construções ilegais erguidas pela milícia na Zona Oeste da capital fluminense.
“Existe um trabalho de identificar as áreas e segmentos da cidade nas quais podemos agir de maneira contundente, mais uma vez em parceria com o estado. É o caso do BRT Seguro, implantado há 3 anos, e reduzimos em mais de 90% os crimes cometidos lá”, afirmou Paes.
Ele destacou que as câmeras já são usadas em uma série de investigações na área de segurança pública como, por exemplo, no caso da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.