Fiocruz e Ministério da Saúde lançam Mapa de Potencialidades das Periferias
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) participou, por meio do Observatório de Clima e Saúde , do lançamento do Mapa de Potencialidades das Periferias . Com a presença da ministra Nísia Trindade Lima, a iniciativa foi lançada (22/6), em parceria com o Ministério da Saúde (por meio da Assessoria Especial de Saúde com Periferias) e com a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, durante o 1º Encontro Nacional de Observatórios de Saúde nas Periferias, no Rio de Janeiro.
Realizado de 21 a 23 de junho, o objetivo do evento foi criar um espaço de diálogo entre associações, coletivos e organizações não-governamentais que atuam nas periferias e favelas, visando o fortalecimento do planejamento e execução das ações de saúde nessas áreas. Em formato de trabalho colaborativo, o encontro reuniu experiências inovadoras em políticas públicas voltadas para periferias e favelas, avaliando seus impactos políticos, sociais e econômicos. Durante o evento, o Mapa foi apresentado por pesquisadores do Observatório de Clima e Saúde. A plataforma tem como objetivo identificar as potencialidades das periferias brasileiras que podem contribuir com o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Mapa de Potencialidades
O Mapa é um verdadeiro raio-x das periferias. A ferramenta reúne informações de mais de 10 mil periferias urbanas, localizadas em todos os estados do Brasil. Ao navegar pelo mapa, os usuários vão poder localizar diversos empreendimentos periféricos nas áreas de saúde; assistência social; educação e pesquisa; meio ambiente e proteção animal; cultura e recreação; religião; habitação; desenvolvimento e defesa de direitos humanos; associações patronais, profissionais e entidades de produtores rurais, além de comércios locais.
A pesquisadora e coordenadora do Laboratório de Informação em Saúde do Icict/Fiocruz, Renata Gracie, atuou no desenvolvimento da plataforma e conta que, ao compartilhar as estratégias de enfrentamento à vulnerabilidade nesses territórios, a expectativa é incentivar a disseminação de experiências positivas, mostrando o poder de criatividade, resiliência e socialização das comunidades periféricas.
“Nós percebemos que, quanto mais essas organizações se estabelecem nesses territórios, mais a qualidade de vida dessas pessoas melhora. Queremos criar uma rede em que as pessoas olhem, se inspirem e se desenvolvam”, contou a especialista. O próximo passo é a inclusão de periferias rurais localizadas em territórios do Campo, Floresta e Águas, o que abrange comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.