É NOTÍCIASAÚDE

Ministério da Saúde lista orientações para pessoas e governos amenizarem efeitos da fumaça no ar

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou na última quarta-feira (11) orientações para cidadãos e gestores lidarem com o ar tomado pela fumaça das queimadas. A ideia é reduzir danos à saúde.

Além disso, a ministra informou que o governo vai trabalhar com tendas de hidratação e nebulização em locais onde a poluição estiver mais crítica.

O país vive a pior seca em 44 anos e sofre com queimadas em grande parte do território. A qualidade do ar está comprometida em cidades de vários estados, onde a fumaça forma uma crosta cinza sobre a paisagem.

Segundo a ministra, os efeitos à saúde podem ser bastante sérios e podem surgir a curto prazo ou a longo prazo. Os efeitos atingem mais aqueles em situação de vulnerabilidade, como pessoas com comorbidades, crianças, idosos e gestantes.

Os sintomas mais preocupantes no curto prazo são náusea e vômito. Há o risco de aumento dos riscos de problemas cardiovasculares e problemas respiratórios.

Para a população

As orientações que o ministério fez à população são direcionadas à forma que individualmente cada um pode se adaptar para sofrer menos impactos com a baixa qualidade do ar. São elas:

Aumento da ingestão de água potável

Evitar atividades físicas em áreas abertas

Evitar ficar próximo aos focos de queimadas

Evitar exposição prolongada em locais com partículas no ar

Em casos de sintomas como náusea, vômito, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores de cabeça intensas, buscar o atendimento médico.

Para gestores

As orientações para os gestores de saúde dos estados, cidades, municípios e Distrito Federal são para atuar em múltiplas áreas para atender as necessidades da população. São elas:

Reforço no atendimento das UBS e UPA

Monitorar informações de qualidade do ar, umidade relativa do ar e temperatura

Monitorar oferta e qualidade de água

Garantir acesso à água potável com pontos de distribuição

Garantir tendas de hidratação e nebulização

Capacitar e orientar equipes para identificar riscos à saúde

Atenção à saúde mental da população

Em coletiva, a ministra Nísia Trindade reforçou a dificuldade das áreas mais afetadas pela seca no acesso à água potável.

“Com a seca, há um impacto muito grande no acesso à água, muitas vezes a água acessível não é de consumo adequado”, diz a ministra.

Sobre o uso obrigatório de máscara, o Ministério da Saúde diz que não e reforça que o principal foco é evitar exposição em locais próximos a focos de incêndio.

Por conta da baixa umidade do ar, a ministra também recomenda colocar toalhas úmidas perto da cama e bacias com água pela casa, trocando a água com alguma frequência para evitar água parada.

Tendas de hidratação e nebulização

Questionada se o governo planeja instalar tendas de hidratação e nebulização, como adotou durante o surto de dengue no primeiro semestre, a ministra afirmou que a medida será aplicada em regiões mais críticas, como Amazônia, Pantanal e oeste paulista.

“Nós temos, sim, o quadro, na verdade, sobre o estado dos dois biomas, Amazônia e Pantanal, onde está mais intenso, mas indo também em direção principalmente à parte oeste do estado de SP, mesmo atingindo algumas áreas do PR. Temos esse quadro completo e podemos detalhar e mostrar para vocês”, afirmou Nísia.

O secretário da Atenção Especializada em Saúde, Adriano Massuda, detalhou o funcionamento.

“Onde for necessário, a realização das tendas, utilizando as experiências que nós já tivemos bem sucedidas, mesmo padrão, tanto pra hidratação, como pra nebulização onde houver necessidade de expansão de oferta”, disse.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *