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Empresas de dentista preso com cerca de R$ 2 milhões em espécie pela PF têm contratos milionários com prefeitura de Caxias

Eduardo Penha Ribeiro, conhecido como Doutor Eduardo, foi preso por corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, quase R$ 2 milhões seriam usados para a compra de votos na eleição municipal.

Empresas do dentista que foi preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (2) com cerca de R$ 2 milhões em espécie têm diversos contratos milionários com a prefeitura de Duque de Caxias. Eduardo Penha Ribeiro, conhecido como Doutor Eduardo, foi preso em flagrante no centro do município por corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro.

Os policiais encontraram R$ 1.920.000 em notas de 50 e 100 na mala do carro dele em um estacionamento no centro de Caxias. Segundo a PF, o dinheiro seria usado para compra de votos nas eleições municipais.

O dentista, além de dono de empresas que prestam serviços para a prefeitura, já foi também conselheiro municipal de saúde em Duque de Caxias entre 2018 e 2020.

Só com uma das empresas, o Centro de Imagem e Diagnóstico São Jorge, a prefeitura de Caxias tem contratos milionários. Entre abril e junho deste ano, foram assinados, pelo menos, dois termos aditivos que aumentam o valor pago pelo município à empresa.

Um deles tem o valor adicional de R$ 12 milhões, enquanto o outro R$ 45 milhões. Esses contratos também serão alvo da investigação da Polícia Federal.

Doutor Eduardo já foi homenageado por vereadores de outra cidade da Baixada Fluminense. Em agosto desse ano, ele recebeu a Medalha Comendador Soares, oferecida pela Câmara de Nova Iguaçu.

Procurada, a prefeitura de Duque de Caxias disse que aguarda a conclusão da investigação. A TV Globo não conseguiu contato com a defesa de Eduardo Penha Ribeiro.

Dinheiro apreendido pela PF com homem em estacionamento da Baixada — Foto: Divulgação

Dinheiro apreendido pela PF com homem em estacionamento da Baixada

 

A prisão foi feita pelo Grupo de Combate aos Crimes Eleitorais da PF no Rio de Janeiro (GET) e contou com o apoio de policiais federais da Delegacia de Defesa Institucional (DELINST), da Delegacia de Direitos Humanos e do Grupo de Pronta de Intervenção (GPI) da PF/RJ.

O homem, o dinheiro e documentos foram encaminhados à Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro, onde foi instaurado inquérito para dar prosseguimento à investigação.

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