Na Expofavela, Simone Tebet garante que não faltarão recursos para quem precisa
“Estamos ajustando as contas para que sobrem recursos e possamos injetar onde realmente é necessário”, garantiu a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, na Expo Favela Innovation Ceará 2024, no último sábado (23/11), em Fortaleza. Com palestras, rodadas de negócios, atividades culturais e uma feira de produtos e serviços criados por moradores de favelas, o evento buscou fomentar a inovação e conectar empreendedores a investidores.
Simone Tebet participou do painel “Buscando consensos para um projeto de país” ao lado da deputada federal Erika Hilton, da vice-prefeita eleita de Fortaleza, Gabriela Aguiar, e da socióloga e ativista Aava Santiago, vereadora por Goiânia. A ministra destacou a importância do levantamento Favelas e Comunidades Urbanas, um suplemento do Censo 2022, realizado este ano, por meio de parceria entre o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), a Central Única das Favelas (Cufa), o instituto de pesquisas Data Favela e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Quando assumi o MPO, fiquei surpresa em saber que o censo brasileiro não entrava em todas as favelas do país; apenas em algumas de São Paulo, do Rio e do Recife. Nós, então, procuramos a Cufa e, agora, pela primeira vez, o IBGE tem dados de todas as 656 favelas do Brasil. Hoje, o Brasil sabe quantos moram nas favelas, quais são os desafios, quais são os problemas e qual é a força da favela. Esse raio-X do Brasil é fundamental para gastarmos bem o dinheiro que temos”, avaliou a gestora.
O levantamento Favelas e Comunidades Urbanas buscou aumentar a precisão do Censo 2022 em relação a esses territórios. Os dados foram apresentados pelo IBGE no dia 8 de novembro. Para a ministra, é um marco histórico para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas às comunidades. “Agora, a responsabilidade é nossa de garantir crédito para empreendedorismo, saneamento, habitação, segurança; enfim, garantir dignidade para a favela”.
Tebet também reforçou que o corte de gastos, a ser anunciado pelo governo federal, não afetará políticas essenciais. “O que a gente quer é garantir a qualidade e a eficiência do serviço público e, ao mesmo tempo, garantir responsabilidade fiscal. Se nós aplicarmos bem, com eficiência, conseguimos prestar serviços públicos de qualidade. O ajuste fiscal não vai tirar qualquer centavo daquilo que é essencial no Brasil”, garantiu.