“Não faltará crédito para a gente fazer casas no Brasil”, diz Lula em evento do setor de construção
“Não faltará crédito para a gente fazer casas no Brasil”. Foi reforçando esse compromisso a empresários do setor da construção civil que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta terça-feira (26/11), da abertura da 99ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), em Brasília (DF).
“Eu estou feliz porque, se não fosse a compreensão empresarial, a gente não teria o sucesso que tem no Minha Casa, Minha Vida. O governo pode ser o indutor, mas o construtor é quem tem experiência, expertise, sabe construir”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
O presidente lembrou que programas como PAC, Acredita e, em especial, o Minha Casa, Minha Vida garantem um impulso fundamental para o desenvolvimento do setor e impulsionam investimentos em habitações, infraestrutura e geram emprego e renda.
“Eu estou feliz porque, se não fosse a compreensão empresarial, a gente não teria o sucesso que tem no Minha Casa, Minha Vida. O governo pode ser o indutor, mas o construtor é quem tem experiência, expertise, sabe construir”, ressaltou Lula. O presidente lembrou a origem do Minha Casa, Minha Vida e adiantou o compromisso de continuar a modernizar o programa. Para Lula, é preciso criar condições para que as famílias de classe média tenham acesso ao programa habitacional do Governo Federal.
“A gente começou para as pessoas mais pobres. Depois foi evoluindo para dois salários mínimos. Já passamos para quatro e a gente quer mais, para atender um setor médio da sociedade que ganha seis mil reais, sete mil reais, oito mil reais e que não se sente atendido. São bancários, metalúrgicos, químicos, gráficos, empreendedores”, exemplificou. “Temos que atender essa gente”.
1,15 MILHÃO DE UNIDADES – O ministro das Cidades, Jader Filho, ressaltou que as projeções indicam que a meta estabelecida no início da gestão, de contratar dois milhões de novas unidades até o fim de 2026 no Minha Casa, Minha Vida, deve ser superada. “Nós chegamos no mês de outubro com 1,15 milhão de novas unidades contratadas (nesta gestão). Se continuarmos trabalhando juntos, como estamos fazendo, vamos ficar com um número (ao fim de 2026) entre 2,3 milhões a 2,5 milhões de novas unidades habitacionais. É uma virada histórica do Minha Casa, Minha Vida”, revelou o ministro.
RECORDE HISTÓRICO – Jader Filho apresentou outros números que dão a dimensão da importância do Minha Casa, Minha Vida para o setor da construção civil no Brasil. Segundo o ministro, mais da metade (53%) dos lançamentos do setor imobiliário no país no último trimestre foram do programa. “O Minha Casa, Minha Vida hoje é maior do que o restante do mercado inteirinho”, frisou. “Nós vamos concluir 2024 com mais um recorde. Vamos superar a marca de 600 mil novas unidades contratadas, gerando emprego, renda, desenvolvimento, e realizando o sonho da casa própria de muitas famílias. Se não fosse o mercado, se vocês não confiassem no Governo Federal, não confiassem naquilo que a gente está construindo nesse país seguramente vocês não estariam acelerando nesse ritmo”, continuou.
R$ 200 BILHÕES – Presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira também citou um número superlativo referente ao papel do Governo Federal no setor. “Só a Caixa Econômica concede acima de R$ 200 bilhões de crédito imobiliário neste ano. Tudo isso ocorre porque a população está acreditando que é possível adquirir a casa própria. O segmento da construção civil também acredita. Há alguns anos, para se construir 500 unidades habitacionais se levava 48 meses. Com as tecnologias aportadas, hoje 500 unidades habitacionais você faz em 18 meses”.
Começamos construindo casas do Minha Casa Minha Vida para as pessoas mais pobres. Depois subimos para 2 salários mínimos, 3 salários mínimos. E agora queremos construir casas e atender nos programas habitacionais também quem ganha mais, que são trabalhadores e que também…
— Lula (@LulaOficial) November 26, 2024
R$ 1,3 TRILHÃO – Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia pontuou a importância do programa habitacional do Governo Federal no desenvolvimento do setor nas duas últimas décadas. “Saltamos de R$ 2,3 bilhões no mercado imobiliário em 2003 para mais de R$ 260 bilhões. Mais de 100 vezes em 20 anos. E o Minha Casa, Minha Vida teve muita influência. Ele deu escala, capacidade às empresas para melhorar a produtividade, treinar equipes, vender e comprar material de construção. Isso é um fato que precisa ser comemorado”, afirmou. “Temos a retomada do PAC, o Acredita, leilões de rodovias. Estamos estimulados. Esse setor acredita no nosso país”, concluiu Correia.
EMPREGOS – Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor da construção civil no Brasil gera número expressivo de empregos formais. O estoque na construção civil saltou de 2,83 milhões de postos em setembro de 2023 para 2,97 milhões em setembro de 2024. Apenas em setembro deste ano, o setor da construção foi responsável por mais de 17 mil empregos com carteira assinada no Brasil.
PROJEÇÕES – No fim de outubro, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção revisou a projeção de crescimento do setor para 2024, elevando a expectativa de 3% para 3,5%. Os fatores que motivaram o realinhamento incluem o aquecimento do mercado de trabalho, o bom desempenho da área imobiliária de padrão econômico e a expectativa de crescimento mais robusto da economia neste ano e início de 2025.
ENIC – Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) promove o debate sobre temas cruciais para o desenvolvimento da infraestrutura do país e a geração de empregos. A expectativa é que o encontro reforce o diálogo entre o público e o privado, buscando soluções conjuntas para os desafios nacionais. O evento conta com a participação de representantes do setor, além do mercado imobiliário e especialistas em sustentabilidade e inovação