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Saúde reforça vigilância e pede engajamento da população para controlar a dengue

Nesta quinta-feira (28), durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília, o Ministério da Saúde destacou o compromisso em intensificar as medidas de vigilância e controle das arboviroses, com foco na redução de casos de denguechikungunyazika e Oropouche. A ministra Nísia Trindade ressaltou a importância do engajamento da população e dos gestores locais. “Nós temos reforçado a ideia da campanha ‘10 minutos contra a dengue’, que é uma responsabilidade de todos. Cerca de 75% dos focos do mosquito estão nas casas ou nos arredores. Há muito o que pode ser feito e garantimos recursos para as ações de vigilância e preparo da rede de saúde”, detalhou a ministra.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, apresentou um panorama das arboviroses no país. Dados apontam que, até a semana epidemiológica 47 (17 a 23/11), foram registrados 6,5 milhões de casos prováveis de dengue em 2024. Embora a vacinação contra a dengue tenha alcançado os 27 estados e 1.921 municípios, apenas 56,3% das doses enviadas foram registradas, sinalizando a necessidade de intensificação das campanhas de vacinação locais e controle.

 

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“Precisamos reforçar as estratégias nos municípios, especialmente os que terão mudanças de gestão, para evitar descontinuidade no trabalho de vigilância. Além disso, é fundamental atenção especial às áreas agrícolas, como as de café e banana, onde o vírus Oropouche tem mostrado comportamento atípico”, ressaltou Ethel Maciel.

O Oropouche é um vírus que apresenta alta transmissibilidade e está associado a áreas agrícolas. “Precisamos intensificar a proteção às gestantes e o monitoramento, especialmente em estados como Amazonas, Rondônia, Bahia e Espírito Santo, que mostram crescimento nos casos”, disse.

 

Ações já realizadas

Desde o lançamento do Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses, o Ministério da Saúde realizou oficinas de vigilância em estados estratégicos, abasteceu os estoques de larvicidas e adquiriu 6,5 milhões de testes rápidos para diagnóstico de dengue. A tecnologia do inseto estéril também foi implementada em áreas indígenas de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Bahia.

O compromisso é claro: intensificar a vigilância, envolver a população e garantir que os serviços de saúde estejam preparados para lidar com o aumento de casos. “É um trabalho coletivo que exige atenção redobrada neste momento crítico”, concluiu Ethel Maciel.

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