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Projeto Empretecendo o Natal anima crianças do Morro da Providência com distribuição de livros pelo educador Ricardo Jaheem

O escritor e educador Ricardo Jaheem levou o projeto “Empretecendo o Natal” ao Morro da Providência, primeira favela do Brasil, na última terça-feira, 17 de dezembro. A ação foi criada por ele com objetivo de ressignificar a simbologia natalina, ao valorizar a ancestralidade negra e promover o combate ao racismo. O destaque foi a presença de um Papai Noel preto, encarnado pelo próprio educador, vestido com elementos africanos.

Durante o evento, houve distribuição de livros infantis antirracistas, ceia comunitária e brincadeiras para as crianças e toda a comunidade.

“Aqui a gente utiliza as tecnologias para construir um novo olhar sobre a cidade. É a favela ditando regras. Nada melhor do que o nosso Papai Noel afrofuturista estar aqui neste espaço em que o afrofuturismo faz a vida de milhares de crianças, mulheres e jovens possíveis”, destaca Ricardo Jaheem.
A iniciativa ocorreu em parceria com a Providência Agroecológica, uma organização liderada por mulheres, que atua desde 2013 na educação, agroecologia e valorização dos saberes populares no Morro da Providência, na região histórica da Pequena África Carioca.

 

Sobre o Projeto
De acordo com o educador, o conceito do projeto “Empretecendo o Natal” está intrinsecamente ligado à ideia de quilombo, integrando sua estética e mensagem a um movimento maior de resistência e valorização da cultura negra. Para ele, o Papai Noel com roupa de ankara (tecido estampado africano) faz um convite à reflexão sobre colonização, pertencimento e diversidade, na época natalina.

 

Sobre o escritor
Ricardo Jaheem é mestre em Educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), já atuou como pedagogo e coordenador de programas sociais do terceiro setor. Professor da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, foi gerente de relações étnico-raciais da Secretaria Municipal de Educação (SME/RJ).

O educador também foi premiado pelo Conselho Municipal de Educação e pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro (Comdedine) e recebeu a Medalha Carioca de Educação. Este ano, em sua turnê de contação de histórias, já se apresentou em mais de 50 escolas públicas de todo o Brasil.

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