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Análise: Flamengo controla Grêmio com facilidade, mas terá vida mais tranquila se chutar mais a gol

Rubro-Negro é dominante na Arena do Grêmio e vence na genialidade de Arrascaeta

 

Nada melhor do que uma vitória para se recuperar de uma derrota dolorosa. Foi isso que o Flamengo fez no domingo, ao bater o Grêmio por 2 a 0, em Porto Alegre, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Mais do que o resultado, a atuação rubro-negra vira a página do revés para o Central Códoba, o primeiro de Filipe Luís na temporada, e projeta uma sequência virtuosa.

Nada melhor do que uma vitória para se recuperar de uma derrota dolorosa. Foi isso que o Flamengo fez no domingo, ao bater o Grêmio por 2 a 0, em Porto Alegre, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Mais do que o resultado, a atuação rubro-negra vira a página do revés para o Central Códoba, o primeiro de Filipe Luís na temporada, e projeta uma sequência virtuosa.

Mesmo na derrota pela Libertadores, o Flamengo tinha apresentado boas credenciais, mas a verdade é que as atuações recentes não foram tão convincentes. Em Porto Alegre, alguns problemas persistiram e a vitória poderia ter sido mais tranquila, mas o time não encontrou dificuldades para dominar e superar o Grêmio.

A grande notícia na Arena do Grêmio foi a atuação de Arrascaeta. Depois de cirurgia no joelho direito (fim do ano passado) e lesão na coxa direita (Data Fifa), o uruguaio ainda busca sua melhor forma. E, no domingo, mostrou que está no caminho para retomar o protagonismo no Flamengo. Não só por ter marcado os dois gols rubro-negros, mas por ter ditado o ritmo do time.

A qualidade técnica de Arrasca é indiscutível. Ele é daqueles jogadores que desequilibram o jogo, e o Flamengo estava sentindo falta da sua genialidade nos últimos jogos. Contou com o azar de Edenilson para aproveitar o corte errado, driblar o goleiro Tiago Volpi e abrir o placar aos 3 minutos, marcando o gol mais rápido desta edição do Brasileiro até aqui . No primeiro tempo, o camisa 10 ainda armou duas boas chances.

  • Na primeira, aos 22, deu o passe cruzado na área, mas Bruno Henrique não chegou a tempo para a finalização:
  • Depois, aos 33, deixou Gerson na boa na área, mas o capitão demorou a decidir e foi desarmado:

O jogo por dentro funcionou muito por causa de Arrascaeta, que conseguiu jogar entrelinhas, livrando-se da marcação dos volantes do Grêmio e recebendo com liberdade para armar o jogo do Flamengo. Até pela movimentação do uruguaio, o time teve mais volume pelo lado esquerdo na etapa inicial, com Michael trocando com o camisa 10. Foi do ponta a segunda e última finalização nos primeiros 49 minutos – aos 43, ele chutou para Volpi espalmar:

Do outro lado, o Grêmio teve dificuldades de construir. Wesley e Alex Sandro travaram o adversário pelos lados, e Pulgar e De la Cruz não deixaram o Tricolor jogar por dentro. A dupla de volantes foi outro destaque do Flamengo em Porto Alegre. Juntos, somaram sete desarmes.

Se teve algo de negativo foi o preciosismo exagerado do Flamengo. O time controlou o jogo, teve a posse de bola (60% nos 90 minutos), mas em muitos momentos foi uma posse inofensiva. O Fla circulou a bola pela intermediária e encaixou as infiltrações, mas demorou a concluir, tanto que foi para o intervalo com apenas duas finalizações. O primeiro tempo foi rubro-negro, mas o time tem que chutar mais e matar logo o jogo para não correr riscos.

– Na Arena do Grêmio, contra um time superqualificado, um time muito bem treinado, segunda vitória seguida fora de casa no Brasileiro, nós temos que olhar o lado positivo. Não podemos só olhar que o Flamengo finalizou menos, que a bola não entrou. Eu sou o treinador positivo, entendo que vocês sejam mais negativos nesse ponto. Mas eu olho sempre as coisas boas que a gente fez, e as ruins é o meu trabalho corrigir. É para isso que me pagam – afirmou Filipe Luís após o jogo.

E o Grêmio ofereceu risco em certos momentos no segundo tempo, com Pavón chutando duas vezes de média distância – Rossi tirou um deles com a ponta dos dedos. A falta de eficiência foi resolvida na individualidade de Arrascaeta, que acertou o gol novamente aos 21 minutos, após boa jogada de Cebolinha, que, caindo, deu o passe no meio de dois marcadores para o camisa 10 progredir e escolher o canto esquerdo de Volpi em chute rasteiro:

 

Cebolinha entrou bem no segundo tempo, reforçando o volume do Flamengo pelo lado esquerdo. Além da assistência, o atacante ainda finalizou duas vezes. Pelo lado direito, Wesley tentou algumas triangulações no início da segunda etapa, mas o jogo não entrou muito por ali, com Gerson e, posteriormente, Plata em tardes não tão inspiradas.

Rossi, até então pouco acionado, fez linda defesa aos 43 minutos em chute de Alysson. Foi a principal chance do Grêmio, em momento que o jogo já estava decidido para os cariocas. Se transformar todo o volume em chances reais e em gols, o Flamengo terá uma temporada mais tranquila. É algo para Filipe Luís cobrar nas próximas partidas. A começar por quarta-feira, quando o Fla receberá o Juventude, às 21h30, no Maracanã, pela quarta rodada do Brasileirão.

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