Fiocruz e MNU lançam documentário ‘Saúde Antirracista na Favela, é possível?’
A Arena Dicró, espaço de lazer público e popular localizado na zona Norte do Rio de Janeiro, exibirá o documentário Saúde Antirracista na Favela, é possível? – uma produção conjunta da Fiocruz com o Movimento Negro Unificado (MNU) e outros nove coletivos populares do Estado do Rio de Janeiro. O lançamento ocorrerá no próximo domingo (28/1), das 10h às 13h, e tem entrada franca. Para o evento, foram convidadas autoridades da Secretaria Municipal de Saúde, os coletivos que participaram da criação do longametragem e pesquisadores da Fiocruz.
O filme é um dos resultados do projeto A saúde na Favela pela Perspectiva Antirracista, uma articulação entre o MNU e a Cooperação Social da Fiocruz, com atuação na Vila Cruzeiro, Jacarezinho, Vila Kennedy e Mangueirinha, localizadas no Estado do Rio de Janeiro. O documentário reúne entrevistas gravadas com lideranças sociais dos territórios, pesquisadores e promotores populares de saúde antirracista formados pelas oficinas do projeto. Nos 21 minutos do longa, o espectador irá ouvi-los falando sobre a importância da perspectiva da raça quando são analisados os serviços oferecidos pelo SUS e a experiência das pessoas que moram em territórios de favelas.
Cooperação Social da Presidência da Fiocruz
A Arena Dicró, espaço de lazer público e popular localizado na zona Norte do Rio de Janeiro, exibirá o documentário Saúde Antirracista na Favela, é possível? – uma produção conjunta da Fiocruz com o Movimento Negro Unificado (MNU) e outros nove coletivos populares do Estado do Rio de Janeiro. O lançamento ocorrerá no próximo domingo (28/1), das 10h às 13h, e tem entrada franca. Para o evento, foram convidadas autoridades da Secretaria Municipal de Saúde, os coletivos que participaram da criação do longametragem e pesquisadores da Fiocruz.
O filme é um dos resultados do projeto A saúde na Favela pela Perspectiva Antirracista, uma articulação entre o MNU e a Cooperação Social da Fiocruz, com atuação na Vila Cruzeiro, Jacarezinho, Vila Kennedy e Mangueirinha, localizadas no Estado do Rio de Janeiro. O documentário reúne entrevistas gravadas com lideranças sociais dos territórios, pesquisadores e promotores populares de saúde antirracista formados pelas oficinas do projeto. Nos 21 minutos do longa, o espectador irá ouvi-los falando sobre a importância da perspectiva da raça quando são analisados os serviços oferecidos pelo SUS e a experiência das pessoas que moram em territórios de favelas.
“A extensão do impacto da violência armada na saúde de moradoras, moradores e profissionais em favelas do Rio de Janeiro vai desde o mais básico que é o impedimento do deslocamento para a Unidade de Saúde até transtornos que a gente não tem hoje dimensão: transtornos psicossociais, formas de depressão, síndrome do pânico, transtorno do estresse pós-traumático que é ainda pouco diagnosticado no nosso sistema e também o sofrimento que não é definido por uma doença – o sofrimento psicossocial que é gerado por uma determinação social que são os conflitos armados”, afirma Leonardo Bueno, coordenador do projeto pela Cooperação Social da Fiocruz.
“Como profissional de saúde e como mulher periférica negra morando na Cidade de Deus, as queixas são muito comuns: aumento da pressão arterial, descompensação da glicose, sintomas de insônia, taquicardia, ansiedade, síndrome do pânico… e as pessoas não conseguem associar isso à violência armada que acontece no seu dia a dia. E essa procura sempre aumenta após um dia de tiroteio ou conflito armado na comunidade”, disse Cristiane Vicente, assessora técnica da Superintendência de Promoção de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS/RJ), em entrevista ao diretor do filme e militante de favela, Edilano Cavalcante.
Para Edilano, é muito importante que o documentário possa circular em espaços de formação e de cultura. “O filme é um produto de divulgação científica, mas é também um instrumento para levantar esse debate em qualquer outro espaço, seja um festival de cinema ou a sala de aula. Queremos fazer essa ponte com outros espaços sociais”, disse ele no seminário de lançamento da Cartilha Saúde na Favela pela Perspectiva Antirracista, que ocorreu em dezembro na Fiocruz, no Rio de Janeiro.
No lançamento do documentário, estarão presentes Cristiane Vicente, assessora técnica da Superintendência de Promoção de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS/RJ); Leonardo Bueno, Heitor Silva e Valeria Montezuma, pesquisadores da Cooperação Social e representantes do Movimento Negro Unificado, e dos nove coletivos envolvidos em sua produção (Centro Comunitário Irmãos Kennedy, Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré, Conselho Comunitário de Segurança do Rio de Janeiro, Complexo da Mangueirinha em Pauta, Centro de Referência para a Saúde da Mulher, Instituto de Defesa da População Negra, Espaço Gaia, Instituto de Pesquisa das Culturas Negras, Associação Brasileira Terra dos Homens). O encontro é parte da agenda da campanha de divulgação da Cartilha Saúde na Favela pela Perspectiva Antirracista nos territórios de favelas que acontecerá entre janeiro e março de 2024, como parte do projeto.
Cartilha Saúde na Favela numa Perspectiva Antirracista
É um material para uso de moradoras, moradores e profissionais dos territórios que foi lançado em evento público na Fiocruz no dia 13 de novembro. O documento instrui sobre temas transversais à Promoção da Saúde, questões de raça, violência armada, garantia de direitos, entre outros. Acesse a cartilha.
Serviço
Lançamento do documentário ‘Saúde Antirracista na Favela é possível?’
Local: Arena Dicró
Endereço: Parque Ari Barroso – Entrada pela, R. Flora Lôbo, s/n – Penha Circular (RJ)
Horário: 10h às 13h