Em quase 6 meses, GLO em portos e aeroportos prendeu 2.841 pessoas, apreendeu 274 armas e 144 toneladas de drogas
Em quase seis meses de atuação, a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) das Forças Armadas em portos e aeroportos prendeu 2.841 pessoas e apreendeu 274 armas, sendo 30 fuzis, e 144 toneladas de drogas. Os números são do sistema do Ministério da Justiça e Segurança Pública que contabiliza os dados.
Além de Marinha, Exército e Força Aérea, a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Receita Federal e a Força Nacional participam das ações de combate ao crime organizado.
As ações ocorrem nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, além do lado brasileiro do lago de Itaipu e do reforço no monitoramento em Mato Grosso do Sul e Paraná.
As drogas apreendidas foram:
- 120 toneladas de maconha;
- 11,2 toneladas de cocaína;
- 5,1 toneladas de pasta base de cocaína;
- 1,1 tonelada de skunk;
- 659 kg de haxixe;
- 470 kg de casca de coca;
- 308 kg de crack;
- 449 unidades de anfetaminas;
- 143 unidades de ecstasy; e
- 11 unidades de LSD.
A GLO deve durar até 3 de maio, mas pode ser prorrogada pelo governo federal. Uma reunião na quinta-feira (2) com representantes da Presidência, ministérios e forças de segurança vai discutir se a ação será estendida.
A operação foi autorizada por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1 de novembro de 2023, com início no dia 6 do mesmo mês.
O valor dos mais 31 mil bens apreendidos nos quase seis meses de ação já soma quase R$ 115 milhões. Além dos 30 fuzis, os agentes apreenderam também 174 pistolas, 43 revólveres, 25 espingardas, duas armas artesanais, e 10 granadas/explosivos. Mais de 10 mil balas também foram recolhidas.
Entre os ativos apreendidos estão milhões de maços de cigarros, dezenas de milhares de cigarros eletrônicos, além de 84 embarcações, duas aeronaves. Também foram retidos imóveis, veículos, joias, pedras, metais preciosos, maquinários e equipamentos.
À época da criação da GLO, o presidente disse que as Forças Armadas e a Polícia Federal trabalhariam para ampliar “ações de inteligência e as operações de prisões e apreensões de bens pertencentes às quadrilhas e milícias, especialmente no Rio de Janeiro”.
Nos portos, a Marinha do Brasil passou a ter mais poder de polícia para atuar nas revistas de cargas e pessoas que embarcam e desembarcam nos portos. Já a Força Aérea Brasileira também obteve prerrogativas parecidas para atuar nos aeroportos.
A documentação de 275 mil veículos foi fiscalizada. Desse total, 157 mil foram revistados. Também foram checados os documentos de 10 mil embarcações, e 7.813 contêineres foram vistoriados.
Os portos e aeroportos onde a operação de GLO está ativa são:
- Porto do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro;
- Porto de Santos, no estado de São Paulo;
- Porto de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro;
- Aeroporto Internacional Tom Jobim, no estado do Rio de Janeiro; e
- Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, no estado de São Paulo.