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Prefeitura do Rio faz demolição de prédio de três andares na Muzema

A Secretaria de Ordem Pública e a Subprefeitura de Jacarepaguá realizarm nesta terça-feira (19) mais uma operação de demolição de construção irregular na região da Muzema, Zona Oeste do município do Rio, em área sob forte influência do crime organizado. O imóvel estava localizado no condomínio “Figueiras do Itanhangá”, a menos de 100 metros de onde, em 2019, houve o desabamento de dois prédios de cinco andares e que culminou com a morte de 24 pessoas.

As obras estavam sendo realizadas sem nenhuma licença e aparentemente sem o acompanhamento técnico devido, considerando diversos vícios construtivos observados pela equipe da Coordenadoria Técnica de Operações Especiais (COOPE). O imóvel possuía três andares, sendo dois em fase de acabamento e um em fase de alvenaria, com indícios que outros pavimentos seriam erguidos pelos responsáveis. Os engenheiros da Prefeitura estimam que a obra custou, até o momento da demolição, mais de R$300 mil.

“Essa ação aqui na Muzema é mais uma operação fundamental no combate às construções irregulares na cidade do Rio. A SEOP vem travando essa luta diariamente e, desde o início do ano de 2021, já são 970 demolições realizadas em ocupações irregulares do espaço público, especialmente em áreas que sofrem a influência do crime organizado”, destaca o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale

A construção foi erguida em uma encosta, em área de alto risco geológico, sem obras de contenção e sem nenhuma licença para sua execução, sendo, portanto, totalmente ilegalizável. Os responsáveis foram notificados previamente. A região da Muzema está sob monitoramento permanente da fiscalização da Prefeitura e já constam para o local mais de 60 processos em andamento.

“Continuaremos realizando essas operações, uma vez que através delas, retomamos a ordem pública na cidade, preserva a vida das pessoas – lembrando que aqui nesse condomínio houve um grande acidente com vítimas fatais em 2019 – e, asfixia financeiramente o crime organizado, tendo em vista que esse é um grande mote de lavagem de dinheiro para os criminosos”, acrescentou o secretário.

Também participaram da operação o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), a Secretaria de Conservação, Guarda Municipal, Comlurb, Rio Luz, Light, Iguá e Polícia Militar.

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