Baixa umidade do ar deixa quase metade do Brasil em estado de alerta; veja os efeitos para a saúde
A baixa umidade do ar deixou quase metade das cidades brasileiras em alerta.
O corpo já sente os efeitos da baixa umidade do ar.
“A pele da gente fica bem mais ressecada, a garganta arranhando e o nariz fica bem seco”, comenta a diarista, Edna Moreira.
“Aqui tudo dói, ai tenho que tomar os remédios da sinusite, está complicado”, relata a auxiliar de escritório, Carolina de Oliveira Caldeira.
O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta. Quase metade das cidades brasileiras ficou em perigo potencial, com umidade do ar entre 20% e 30%. Em 387 cidades de 12 estados, além do Distrito Federal, a situação é pior, considerada de perigo pelo Inmet. A umidade tem ficado entre 20% e 12%. O ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde, é que a umidade fique acima de 60%.
“Como nós estamos sem chuvas nos últimos meses no Brasil Central como um todo, esse índice de umidade relativa do ar tende a ficar baixo, e principalmente do fator do vapor d’água estar com índice menor na atmosfera”, explica o meteorologista do Inmet, Claudemir de Azevedo.
Ricos para a saúde
O ar quente e seco aumenta o risco de incêndios florestais e também afeta a saúde. Nesse período mais frio, as pessoas ficam aglomeradas em ambientes fechados, o que contribui para a transmissão de vírus e bactérias. Idosos e crianças são os que mais sentem os efeitos.
“A gente precisa hidratar. O olho e o nariz podem ser hidratados com soro fisiológico, e a boca deve lembrar de passar aqueles protetores que têm manteiga de cacau, que têm óleo, para evitar a troca de umidade com o ambiente”, recomenda pneumologista da Santa Casa BH, Michelle Andreata Moura.
No fim da tarde em Belo Horizonte, o termômetro chegou a marcar umidade do ar em 26%. Para melhorar o clima de quem faz o corre no centro da cidade, foi montada uma estação com bebedouros e nebulizadores. A névoa deixa o ar mais agradável, e o local virou ponto de refúgio para muita gente.
“Um gelinho bem gostoso, bem suave, né?”, comenta a dona de casa, Silvania Aparecida Lemos Rocha.
“Eu bebo água quase que toda hora, ainda mais que está disponível aí”, diz o aposentado. Francisco do Carmo Filho.