Manto Tupinambá será apresentado ao público no final de agosto
O Manto Tupinambá será apresentado para o público entre os dias 29 a 31 de agosto no Museu Nacional, localizado em São Cristóvão, Zona Central do Rio. Junto do povo indígena Tupinambá, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) está articulando uma cerimônia de celebração da chegada do item ao Brasil.
A celebração apresentará o manto para a sociedade e contará com a participação dos Tupinambá e de representantes dos demais povos indígenas do país.
O evento começará com uma cerimônia de reza ao manto que será realizada nos dias 29 e 30 de agosto a portas fechadas, com acesso apenas às lideranças espirituais Tupinambá e os pajés, que realizarão as atividades de acolhimento, de proteção e de bênçãos ao manto.
O Museu Nacional abrirá as portas ao público às 10h do dia 31 de agosto, sábado, para a realização da cerimônia oficial de exibição do manto Tupinambá. A apresentação contará com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, representantes do povo Tupinambá, do governo do Brasil e da Dinamarca, e do Museu Nacional.
Durante os três dias mencionados, haverá uma vigília dos povos indígenas ao manto no Museu Nacional, nos jardins da Quinta da Boa Vista.
O MPI, através da Secretaria de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas (SEART), também promoverá no dia 5 de agosto um novo diálogo com os Tupinambá na Bahia, com a presença do diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, para preparar os últimos detalhes da cerimônia.
O processo para viabilizar o evento é conduzido pelo Grupo de Trabalho (GT) de Restituição de Artefatos Indígenas, criado em 2023, no âmbito do MPI, em virtude da necessidade de lidar com o retorno de peças inestimáveis para o Brasil.
ITEM SAGRADO
O Manto Tupinambá havia chegado ao Rio de Janeiro sob sigilo na primeira semana de julho. O item é considerado o mais conservado entre 11 exemplares que ainda existem. É também o primeiro a retornar ao Brasil. Todos os outros estão em museus na Europa.
O item era um objeto sagrado e utilizado em alguns rituais, sendo utilizado por pajés, caciques e majés utilizavam mantos parecidos com o modelo que chegou ao Brasil recentemente.