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Paralimpíadas 2024: Claudiney Batista quebra recorde e leva o tri no lançamento do disco

Claudiney Batista conquistou o tricampeonato do lançamento do disco F56 nas Paralimpíadas (classe para pessoas que competem em cadeira). Nesta segunda-feira, o mineiro de 45 anos quebrou o próprio recorde da competição para levar o ouro em Paris com a marca de 46,86m. O brasileiro tocou o sino dos campeões no Stade de France.

Porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de abertura, Beth Gomes faturou a prata no arremesso do peso F54. A paulista de 59 anos quebrou o recorde mundial da classe F53, mas, como competiu em uma categoria de menor comprometimento físico-motor que a sua, acabou na segunda posição. Ela compete ainda nesta segunda-feira no lançamento disco F53, prova em que defende o título paralímpico – sportv 2 transmite a partir de 14h (de Brasília).

O tri de Claudiney

Claudiney fez uma boa série de lançamentos. Já na segunda tentativa superou os 45,59m do ouro e do recorde de Tóquio, alcançando 46,45m. No quinto lançamento, ele voltou a quebrar o recorde paralímpico, com 46,86m. O brasileiro é também o recordista mundial da prova, com 47,37m. Em Paris, o indiano Yogesh Kathuniya ficou com a prata (42,22m), e o grego Konstantinos Tzounis completou o pódio (41,32m).

– Eu estava muito focado. Treinei bastante na aclimatação em Troyes. Antes de ontem tive um leve desconforto na coluna, que me deixei apreensivo, mas busquei o recorde mundial, que é meu. Veio o paralímpico, que já é sensacional. É um mix de emoções. penso na família que tá torcendo e no Brasil todo. É para eles esse tri – disse o tricampeão paralímpico.

Em 2005, Claudiney sofreu um acidente de moto e lesionou a perna esquerda. O ferimento se agravou no hospital, e o mineiro foi submetido à amputação completa do membro. Atleta de halterofilismo antes do acidente, ele foi convidado a conhecer o atletismo no mesmo ano do acidente e se identificou com as provas de campo. Foi prata no lançamento do dardo F57/58 nos Jogos de Londres 2012 antes do tri do lançamento do disco – Rio 2016, Tóquio 2020 e agora Paris 2024. Ele também é tricampeão mundial do lançamento do disco F56 e tem mais duas pratas e dois bronzes em Mundiais.

Claudiney Batista no lançamento do Disco das Paralimpíadas — Foto: Wander Roberto/CPB

Beth Gomes é prata com recorde mundial

Beth Gomes se emocionou ao confirmar a medalha de prata do arremesso do peso. Chorou e agradeceu aos céus. Ela foi a única da classe F53 a competir entre as atletas da F54 (de menor comprometimento físico-motor) e bateu o próprio recorde mundial F53 na última tentativa. A paulistana teve dois arremessos queimados, mas cresceu no fim e conseguiu o arremesso de 7,82m, sete centímetros a mais do que então recorde mundial.

– Essa prata vem com gosto de ouro em uma prova acima da minha classe, fui lá buscar a medalha com recorde mundial da minha classe. Vamos lá em busca do ouro (no disco). Gratidão – disse Beth.

O ouro ficou com a mexicana Gloria Zarza Guadarrama, com 8,06m. A uzbeque Nurkhon Kurbanova completou o pódio, com 7,75m.

Em 1993, a então jogadora de vôlei Beth Gomes foi diagnosticada com esclerose múltipla. Ela conheceu o esporte paralímpico primeiro no basquete em cadeira de rodas e depois no atletismo. A prata do arremesso do peso foi a segunda medalha paralímpica da atleta, campeã do lançamento do disco F53 em Tóquio – prova em que tenta o bi em Paris a partir das 14h (de Brasília). Ela tem mais seis medalhas em Mundiais, sendo quatro delas de ouro.

Beth Gomes no arremesso do peso das Paralimpíadas de Paris — Foto: Ana Patrícia Almeida/CPB

Brasileiros lideram classificatória dos 1.500m T11

Medalhistas nos 5.000m T11, Yeltsin Jacques e Julio Cesar Agripino venceram suas baterias nas classificatórias dos 1.500m T11 e avançaram à final – classe para pessoas com deficiência visual total. Bronze nos 5.000m, Yeltsin foi o líder nesta segunda com 4m03s22. Ouro nos 5.000m, Julio Cesar avançou com o terceiro melhor tempo, com 4m10s10.

Nos 100m T11 – para pessoas com deficiência visual total -, Lorena Spoladore liderou a classificatória, com 12s11. Jerusa Geber dos Santos também venceu sua bateria e pôde soltar nos metros finais, com 12s57. Jhulia Karol dos Santos foi a terceira de sua bateria, mas também avançou para as semifinais, com 12s56.

Nas classificatórias femininas dos 400m T12 – para pessoas com baixa visão -, Clara da Silva avançou à semifinal na sétima posição (58s77) e Ketyla Teodoro passou na oitava posição (58s86). Lorraine Aguiar foi a nona colocada e foi eliminada (59s99).

Nos 1.500m T54 (para pessoas que competem em cadeiras de rodas), Aline Rocha avançou à final com o décimo melhor tempo entre as classificadas, com 3m35s18. Na mesma prova, Vanessa Cristina de Souza foi eliminada.

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