Governo se reúne com Centros de Referência em Saúde do Trabalhador das regiões afetadas pelas queimadas
O Ministério da Saúde realizou na segunda-feira (16/9), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) , uma reunião emergencial em formato virtual com Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) das áreas mais afetadas pela crise hídrica, baixa umidade do ar, aumento de ondas de calor e intensificação das queimadas e incêndios florestais. A reunião contou com mais de 100 centros de 20 unidades federativas, a maioria das regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste, e teve como objetivo articular e fortalecer a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Renastt) no enfrentamento da emergência climática em curso. Também participaram integrantes da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde , do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DVSAT) e de Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cistt).
“A vigilância é fundamental para proteger a saúde da população trabalhadora nestas áreas porque nos permite criar estratégias concretas de avaliação de riscos e redução da exposição dos trabalhadores”, destaca Luís Henrique da Costa Leão, coordenador-geral de Vigilância em Saúde do Trabalhador . “Não podemos aceitar como natural o adoecimento ou morte de brigadistas florestais e quaisquer outros trabalhadores em decorrência das emergências climáticas”, completa.
Os Cerests presentes receberam explicações técnicas sobre a publicação Diretrizes de Vigilância em Saúde do Trabalhador: Brigadistas Florestais e foram orientados a reforçar a atenção às populações com jornadas de trabalho, deslocamento à céu aberto e exposição prolongada a condições adversas, seja nos centros urbanos ou zonas rurais. Também foi reiterada a importância da troca de experiências e articulação para fortalecimento da Renastt frente à situação.
“É importante compreendermos quem são os trabalhadores mais afetados de cada território e identificar onde podemos atuar neste momento”, afirma a diretora do DVSAT, Agnes Soares da Silva. Ações em prol da saúde da população trabalhadora previstas para as próximas semanas incluem visitas de técnicos em Vigilância em Saúde do Trabalhador e em Vigilância em Saúde Ambiental aos Cerests dos territórios mais críticos, além de novas reuniões com membros da Renastt. “Precisamos agir rápido para proteger os trabalhadores e as trabalhadoras mais expostas nesse momento”, conclui o coordenador-geral de Vigilância em Saúde do Trabalhador