É NOTÍCIASAÚDE

Governo do Estado amplia número de leitos pediátricos destinados ao tratamento de bronquiolite

Internações pediátricas crescem nas unidades de saúde estaduais; ao todo, 85 leitos atendem aos casos mais graves

 

Diante do aumento de casos de bronquiolite, esperados durante o outono e inverno, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), destinou 85 leitos pediátricos destinados ao atendimento de crianças com a doença. Os leitos estão distribuídos entre o Hospital Estadual Ricardo Cruz, na Baixada Fluminense e o Hospital Regional Zilda Arns, em Volta Redonda.

A medida foi tomada após a rede estadual registrar um aumento nas internações pediátricas: em abril, foram 152 casos, enquanto que em março foram 75, menos da metade. Além da ampliação dos leitos, a Secretaria de Saúde vem promovendo capacitações com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas para aprimorar o diagnóstico precoce e garantir o tratamento adequado nos casos mais graves da doença.

– Com a observação diária dos indicadores da bronquiolite no estado, notamos a necessidade de ampliar o número de leitos para o cuidado de casos mais graves. Por isso, temos oferecido uma série de capacitações para médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas com o objetivo de aprimorar o diagnóstico e abreviar o tratamento- destaca a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

A bronquiolite é uma infecção viral que compromete a via aérea inferior (traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos) e provoca desconforto respiratório devido à inflamação dos bronquíolos, responsáveis por levar ar aos pulmões. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que provoca pneumonia, bronquiolite e traqueobronquite, é o que mais leva a internação de crianças por síndrome gripal, além da influenza, parainfluenza e adenovírus.


Pediatra aponta sinais e sintomas da bronquiolite

Roberta Serra, Coordenadora de Saúde da Criança da SES-RJ, alerta sobre os sinais e sintomas da doença, bem como as medidas de prevenção à doença.

– A bronquiolite compromete, com mais gravidade, crianças menores de dois anos e bebês menores de seis meses. Parece uma gripe, com coriza, nariz entupido, tosse e febre baixa, mas pode evoluir para um quadro grave em três dias. A doença traz cansaço, dificuldade respiratória e os lábios podem ficar um pouco azulados ou arroxeados. Outro problema é a dificuldade para se alimentar e ingerir líquidos, o que pode provocar desidratação- explicou a médica.

A especialista indicou manter os ambientes arejados, lavar as mãos e que o calendário vacinal das crianças esteja em dia.

– É importante ficar atento aos sintomas e buscar atendimento na atenção primária à saúde na persistência dos sinais”, alertou a pediatra.

 

Unidades estão equipadas para dar suporte à criança

As UTIs estão equipadas com respiradores de alta frequência, bombas infusoras (que possibilitam a administração automatizada de medicamentos e nutrição), monitores para controle cardíaco, saturação e pressão arterial do paciente e ventiladores mecânicos.

– Os hospitais estão preparados para receber as crianças, em caso de necessidade.  Nos primeiros anos de vida, elas ainda não estão com 100% do seu sistema imunológico maduro, o que pode levar à bronquiolite. O tratamento clínico envolve cuidados como a hidratação e a oxigenoterapia. Há também casos mais graves em que o paciente pode precisar ser entubado- explica o subsecretário de Atenção à Saúde, Caio Souza.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *